Asas ao Vento – Caminhar é Preciso

Como passageiro no mundo, busco o vazio que sempre me consome. Preso as correntes da rotina, o importante é o agora.

Então a águia voa alto na esperança de tempos melhores.

Entre voos altos e tantos outros rasantes, o medo é irrelevante. Como dessa vida não se leva nada, é hora de novos olhares para desaparecer nas nuvens.

E deixar os ventos alterados para trás.

O céu nem sempre está azul. O sentimento volita em novos ares. Asas ao vento, eu quero voar. Aqui não quero ficar.

Do alto, lá embaixo é tão fútil.

O pensamento anda de mãos dadas com o bem e o mal. Atenção nas armadilhas do ego. Minha alma clama, preciso voar.

Daí encontro o pensamento no abismo do silencio para o resgate de mim mesmo.

Asas ao vento, eu quero voar. Aqui não quero ficar.

Sonho de Voar

Podemos dizer que os pais da aviação foram os brasileiros Bartolomeu de Gusmão (1685-1724) e Alberto Santos Dumont (1873-1932), como também, o alemão Otto Lilienthal (1848-1896), o inglês Percy Pilcher (1866-1899), os americanos Samuel Langley (1834-1906), Orville (1871-1948) e Wilbur Wright (1867-1912), os franceses Clément Ader (1841-1926), Octave Chanute (1832-1910), Henry Farman (1874-1958), Gabriel Voisin (1880-1973) e Louis Blériot (1872-1936), entre outros. Todos contribuíram enormemente para o verdadeiro sonho de voar.

Mas a história conta que Ahmed Çelebi (Hezarfen) foi um lendário aviador. Ele não era inventor. Segundo as escrituras de Evliya Çelebi o título “Hezârfen”, de origem persa e árabe, significa “sem ciências” e ele teria conseguido o voo sem energia sustentada em 1632.

Evliya Çelebi conta que, com a ajuda do vento, ele voou do alto da Torre de Gálata e pousou na praça Dogancilar, em Istambul. O sultão Murad IV assistiu o grande feito e deu-lhe um saco de moedas de ouro. Então, o sultão disse “Esse é um homem assustador. Ele é capaz de fazer qualquer coisa que desejar. Não é certo manter tais pessoas.” Depois disso Hezarfen foi enviado para Argélia em exílio.

Hezarfen é uma animação criada por Tolga Ari, Romain Blanchet, Chung-Huang Yu e Rémy Hurlin.

“O sonho de voar permeia o inconsciente coletivo”

Animação: Supinfocom Arles