Por Onde Andas? – Litoral Sul de São Paulo

Em terras recortadas por águas, chamado de Lagamar, na porção leste e sul da Ilha Comprida, ao centro e nordeste na Ilha de Cananéia e ao sul na Ilha do Cardoso, do litoral de São Paulo.

Um retorno ao passado…

Estudos indicam que a mais de 2.000 anos povos nativos já habitavam o litoral brasileiro. No início do século XVI, grupos indígenas viviam em aldeias próximas aos rios no litoral de São Paulo.

Cananéia foi importante na história da colonização pois era ponto limítrofe sul do Tratado de Tordesilhas e um dos ramais do caminho Peabiru. Se tornou entreposto comercial e ponto de ocupação estratégico na época. A moeda era escambo e ouro.

Estudos arqueológicos indicam que Peabiru foi um caminho com 3.000 km de extensão, saindo do Peru até Cananéia ou São Vicente. Passava pela Bolívia, Paraguai, Mato Grosso do Sul até litoral sul de São Paulo. Seus construtores podem ter sido os Incas ou nações indígenas Guarani ou Jê.

O nome Cananéia foi dado pelo explorador Américo Vespúcio quando aportou na ilha em 1.502.

A colonização em Cananéia teve início a partir de 1.531 com a expedição de Martins Afonso de Sousa, que também teve como missão combater os corsários franceses.

Cananéia foi construída em cima de assentamentos indígenas da etnia Tupiniquim. O local era ponto limítrofe com a etnia Carijó, que se estendia para o sul.

No início do século XX, com estradas muito precárias, o principal meio de transporte foi a navegação por cabotagem.

Local: Cananéia / SP

Parque Estadual da Ilha Anchieta – Ubatuba

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Um roteiro junto a natureza com direito a boas estórias de quando a ilha foi habitada pelos índios Tupinambás no século XVI, dos acontecimentos trágicos na rebelião dos presos em 1952, até a criação do parque estadual no final da década de 70.

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Era conhecida como ilha dos Porcos devido a colônia penal que ali existiu até 1914, e depois reativada para abrigar presos políticos e presos comuns em 1928.

Como parte das homenagens ao 4º centenário do nascimento do Padre Anchieta, passou a ser denominada Ilha Anchieta em 1934.

Em meados de 1952 uma grande rebelião resultou em centenas de mortes de presos, alguns militares e civis. O presidiu foi fechado em 1955.

Em 1977 foi criado o Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA) e reaberto a visitação.

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A partir do desembarque na ilha, o primeiro passo é visitar a administração do parque e ruínas do presidio.

Os principais atrativos são praias de águas claras e transparentes, como a praia do Presidio, do Engenho, do Sul, das Palmas e do Leste, esta inclusive é a única cujo acesso é de barco.

Os acessos são pelas trilhas da Represa, do Engenho, Praia do Sul e Saco Grande. Algumas passam pelo mirante do Boqueirão, Passado & Presente e Costão das Palmas. As trilhas variam de baixa a média dificuldade com distâncias entre 750 a 2.600 m.

Tudo isso em meio as florestas secundárias, com vista dos costões rochosos e pode-se também chegar numa piscina natural. Devido a rica fauna e flora marinha, existem diversos pontos para mergulho e uma trilha subaquática com distância de 350 m.

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Em 1983 o Zoológico de São Paulo introduziu animais como capivaras, saguis, quatis, cutias, entre outros. Hoje existem populações a mais desses animais à custa da falta de predadores naturais. É comum observá-los nas trilhas, além de pássaros e cobras.

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O principal acesso é pela rodovia Rio Santos, próximo ao km 62, através da Marina e Píer Saco da Ribeira. De lá as embarcações navegam 8 km, em cerca de 40 minutos, até a ilha.

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Local: Ubatuba / SP