Selva D’água – Serra do Mar

Dias tórridos de calor com temperaturas acima dos trinta graus célsius e umidade cem por cento dentro da selva. A serra do mar encravada numa cordilheira de montanhas, do litoral ao planalto do vale do Paraíba, até os melhores e bem preparados caminhantes serão exauridos pelo desgaste fulminante dentro da selva da serra do mar. Com a roupa molhada de suor, entre um riacho e outro, o único meio para se refrescar era cair dentro d’água e buscar proteção do sol escaldante.

Entre uma clareira e outra a respiração ecoava nas arvores. Na mata densa, na busca pelo canto das aves, o silencio do meio dia era incomodador. Na picada da trilha o vento se escondia no mato. O suor escorria aos olhos. A cada parada, o resgate por um novo folego. A hidratação e respiração era fundamental para se manter a sanidade. Ao ver os amigos, cada um sabia das dificuldades e não podíamos parar por muito tempo. O jeito era continuar a passos lentos, com cuidado, a cada trecho, escorregadio no barro e difícil nas pedras com os troncos e raízes testando nossa atenção.

Na caminhada sem fim, a mata parecia sempre igual, não fazia diferença, o verde mais verde, a cada curva, aclive ou declive, tudo igual. Da selva minava água de todos os cantos, uma verdadeira selva d’água. Belíssimas quedas d’águas se anunciavam para nossa breve alegria. Em respeito a mãe terra, baixamos a cabeça, levantamos o espirito em oração; E caminhamos a passos firme.

Correr é um Caminho

” Correr é um caminho para a autoconsciência e confiança – você pode empurrar-se a extremos e aprender a dura realidade de suas limitações físicas e mentais ou caminhar em silêncio por um caminho solitário assistindo a terra sob seus pés. “

Doris Brown Heritage

Corrida da Virada Joseense

Que tal uma corrida no último dia do ano?

E que não seja a famosa corrida de São Silvestre.

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A corrida da Virada Joseense na sua 6ª edição se tornou uma prova tradicional em São José dos Campos – SP.

Por ser uma corrida no mesmo dia, horário e distância da corrida de São Silvestre, a Virada Joseense tem distância de 15 Km, e também de 5 Km.

O percurso é na Estrada Municipal Pedro Moacir de Almeida, Vargem Grande, região norte da cidade, com largada e chegada no Clube de Campo Luso Brasileiro, onde avistamos belos campos e pastos.

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O evento tem tradição de receber atletas das cidades do Vale do Paraíba e de outros estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro entre outros.

A organização da prova é muito boa. Inclusive neste ano tivemos mesa de frutas para os atletas. Outro ponto alto é o astral da prova, com alegria e confraternização entre os participantes. Como são aproximadamente 1.200 atletas, temos uma corrida de qualidade, sem tumulto e atropelamento na largada.

O desafio dos 15 Km tem o agravante do calor e sol de dezembro. Por outro lado, o ganho de elevação não passa de 90 metros em terreno de asfalto.

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Enfim, aproveitamos este momento para relembrar e agradecer as oportunidades que recebemos e também quanto aos desafios superados. Nesse momento de passagem, renovamos nossa esperança no desejo de paz, saúde e prosperidade para podermos vislumbrar novos desafios.

Boas Festas e Feliz 2017!

Corrida Treino – Longão nas Estradas Rurais de São José dos Campos

Seguindo a planilha para o penúltimo longão, no domingo bem cedo saí em direção ao Centro Comunitário Alto da Ponte, em São José dos Campos.

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Basicamente o percurso seria na estrada do Sertãozinho, estrada da Walkillândia, rodovia Monteiro Lobato e estrada da Água Soca.

Com tudo que preciso para repor as energias, levei na mochila água, isotônico, carboidrato em gel, proteína em barra, salgadinho, bananinha e duas mexericas.

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As 6 horas em ponto saí no asfalto. Após ponte sobre o rio Buquira segui a esquerda em direção a estrada de terra do Sertãozinho.

Com objetivo principal de trabalhar a resistência, o desafio seria manter o ritmo médio, considerando as constantes variações de elevação.

No km 8,5 subi o Sertãozinho, concentrado para vencer aquele morro da estrada. Na volta segui pela estrada da Walkilândia até chegar na SP-050 Km 107, rodovia Monteiro Lobato.

Em cerca de 1,5 km alcancei o acesso da estrada da Água Soca, que sobe atrás do clube de campo Cisne Real Park. Sempre atento, o momento era buscar a marca de duas horas de corrida.

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Desta vez, o foco era tempo de treino e não distância percorrida. A ideia era treinar corpo e mente para aquele esforço.

O percurso se mostrou desafiador com ganhos e perdas de elevação somados em 1.500 metros numa distância de 38 km, e altitudes variando entre 560 a 680 metros.

A volta exigiu seguir pelo mesmo percurso e assim completar o longão em 4 horas de corrida.

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Que venha o último longão antes do Desafrio em Urubici.