A Mão que Amassa o Barro – Cunha

O oleiro molda o barro. 

Ainda maleável, controlado, formado e transformado.

Sua forma se ajusta nas mãos do criador. 

As imperfeições são retrabalhadas.

As falhas são desfeitas. 

Ele quer perfeição.

Sua obra prima está quase pronta. 

Ainda precisa do fogo para queimar sua essência.

O amalgama para a transformação final. 

O início de uma jornada de trabalho útil.

Agora sólido, estável, mas ainda impermanente.

Nas mãos de quem amassa o barro.

Trilha do Rio Paraibuna – Parque Estadual da Serra do Mar

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Quando os colonizadores europeus chegaram à América, a Mata Atlântica ocupava 1.000.000 Km², desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, indo do litoral ao interior. Após meio século restaram apenas 8% do que fora outrora.

Felizmente em 1977 foi criado o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) com a importante missão de proteger remanescentes de floresta Atlântica, atuação em educação ambiental, pesquisa e ecoturismo.

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No PESM Núcleo Cunha, temos áreas protegidas de mananciais que abastecem o Vale do Paraíba e Litoral Norte do estado de São Paulo.

Esta riqueza de mananciais esconde inúmeras cachoeiras e rios como o Paraitinga e Paraibuna, que formam o famoso rio Paraíba do Sul.

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O PESM preserva árvores de grande porte como cedro, peroba, jatobá, canela, ipê, grumixama e guatambu. A flora abriga ainda angico branco, palmito juçara, bromélias e orquídeas.

A exuberância de sua mata preserva animais como a onças pintada e parda, anta, capivara, bicho preguiça, cotia, bugio, jaguatirica, pica-pau, serelepe, gavião, mono carvoeiro, macaco prego, cateto, queixada e paca.

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A Trilha do Rio Paraibuna pode ser percorrida sem monitoramento pois é uma trilha autoguiada de baixo nível de dificuldade numa extensão de 1.700 metros.

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A exuberância da trilha acompanha a margem esquerda do rio Paraibuna anunciando poços e cachoeiras para banho. É um caminho para ser apreciado e contemplado!

Local: Cunha / SP

Cachoeiras do Desterro e do Pimenta – Cunha

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Em dias de inverno com temperaturas de verão que se aproximam da primavera, nada melhor que escapar para um local acolhedor e bucólico.

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Convite ao descanso rodeado pelo verde das colinas. Onde os cursos d’água nascem nas matas, escorrem sobre rochas e quebram em súbitas quedas. Onde o silencio da noite é interrompido pelo estridular de grilos.

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Onde mais da metade das pessoas mora no campo. Onde a boa prosa não tem fim e nem se cansa na rotina do dia-a-dia. Onde reina a simplicidade e humildade.

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Onde desconectar-se do mundo é verdadeiramente a melhor conexão consigo mesmo. Onde os amantes da natureza desbravam trilhas e cachoeiras. Assim é a estância climática de Cunha – SP.

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Então em dia quente de inverno a diversão foi descobrir às quedas d’água mais famosas de Cunha, a cachoeira do Desterro e cachoeira do Pimenta.

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O acesso é feito pela estrada do Monjolo distante cerca de doze quilômetros do centro de Cunha. As cachoeiras estão do lado esquerdo da estrada de terra.

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A cachoeira do Desterro é a primeira e possui duas quedas d’água, uma ao lado da outra com aproximadamente 12 metros de altura e reserva uma refrescante piscina natural.

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Subindo na estrada mais a frente, a cachoeira do Pimenta forma várias quedas d’água somando cerca de 90 metros de altura. Na última temos um enorme poço para banho e mais abaixo encontramos o que restou de uma antiga usina de energia elétrica.

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Aquele dia de calor escaldante e água gelada trouxe energia renovada para seguir adiante nas trilhas.

Pernoite na Macela – Cunha

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Como todo ano, começamos com as trilhas fáceis e por isso, não menos belas que as mais difíceis. Escolhendo a dedo um final de semana com lua cheia, seguimos para Cunha em direção a Pedra da Macela.

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Na rodovia Cunha – Paraty Km 66 saímos por uma estrada de terra ladeada por sítios. Após 4 km chegamos ao portão de FURNAS que mantêm no cume uma antena retransmissora. Deste ponto é proibido o acesso de veículos particulares.

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Mochilas prontas! Água suficiente para um dia. Roupa de frio de menos, comida demais e um bom vinho. Ótima previsão do tempo. Então, por uma estrada pavimentada seguimos 2 km de subida.

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Hora antes do crepúsculo, o céu anunciava o pôr do sol de um lado e a lua cheia do outro. Espetáculo à parte foi o nascer do sol atrás da Ilha Grande. O jeito foi parar tudo e contemplar cada momento.

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No topo a 1.840 m de altitude, a paisagem pode ser apenas um mar de nuvens. Entretanto, com um céu de brigadeiro, abriu-se uma vista espetacular das montanhas de Cunha, a histórica Paraty, Angra dos Reis, Ilha Grande e suas baías e ilhas.

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Ao retornar, deixamos o local onde acampamos igual como o encontramos. O lixo que produzimos no acampamento foi trazido conosco para descarte em local apropriado.

Boa semana!

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