O Sol no Horizonte

” Quando o sol se despede ou desperta no horizonte, a natureza se envolve em tons suaves, pintando o céu com a magia da transição entre a escuridão e a luz. “

O ESCURO – A noite chegou sob total escuridão. Então calmamente procuramos a luz do luar. Ela clareou toda a orla. Um evento tão comum, mas ficamos mais uma vez surpreendidos pelo brilho da lua. Uma perfeita sintonia entre claro-escuro.

A SOMBRA – Muito antes da noite virar dia, no horizonte, um facho luminoso despontou atrás dos montes. Por um momento, lua e sol compartilharam do mesmo céu, e mais uma vez o sol tomara o lugar dela. 

O CLARO – Nasceu um novo dia! Humildemente agradecemos pelos primeiros raios de sol. Uma manhã de pura juventude, nos sentimos aquecidos e renovados. Energia fluindo, em conexão. Um novo ciclo se refaz. 

” O crepúsculo matutino ocorre antes do nascer do sol, quando o céu ainda está escuro, e começa a clarear lentamente à medida que o sol se aproxima do horizonte. Nesse momento ocorre a aurora, quando o sol está prestes a emergir no horizonte. “

A AURORA – Paramos tudo que estávamos fazendo para apreciar aquele instante. Dia iluminado, iluminando nosso caminho. Gratos pela suave quentura e brilho da manhã. Com a cargueira pronta, retornamos para mais um dia de travessia.

” O crepúsculo vespertino ocorre após o pôr do sol, quando a luz do dia diminui gradualmente e o céu passa por uma variedade de cores, desde tons de laranja até tons mais escuros. Esse instante é conhecido como ocaso. “

O OCASO – Após longo dia de caminhada, chegara mais um entardecer. Mais um ciclo se completara. Acontece todo dia e quase não vislumbramos este espetáculo da natureza. A maravilhosa dualidade da vida.

” Este ciclo crepuscular cumpri um papel importante nas ações diárias dos seres humanos, como também, dos pássaros e animais noturnos, que dependem desses períodos de transição para ajustar seus ritmos de atividade e comportamento. “

João-de-Barro – Conceição dos Ouros

Nas andanças pelo sul de Minas, nos arredores de Conceição dos Ouros, um casal trabalhava em sua obra. Dizem que é um pássaro que não trabalha na construção do ninho aos domingos, mas este casal se revezava na construção. Com a minha presença, um se foi e o outro ficou meio que defendendo o ninho de barro.

Os Avá Guaraní contam assim a origem do joão-de-barro:

“ A jovem Kuairúi havia se enamorado de Tiantiá, um valoroso guerreiro. Queriam casar, mas o cacique Tabáire, pai de Kuairúi, não permitiu, porque a despeito de sua bravura Tiantiá não sabia construir uma cabana. Assim foram transformados em pássaros que ajudam um ao outro na construção do ninho. ” Fonte: Wikipedia.

Revoada dos Guanambis – Serra da Bocaina

Assim que os raios de sol aqueceram aquele recanto da floresta, houve uma enxurrada de Guanambis por todos os lados. O zumbido do bater das asas ressoava aqui e ali. Em voos rápidos davam rasantes na busca do néctar das flores. Em manobras aéreas invejáveis, com paradas no ar e marcha a ré, mudavam a direção do voo instantaneamente.

O despertar daquelas avezinhas na Serra da Bocaina energizou o ambiente com o agito de outros pássaros ao redor. Naquela altitude, a 1.600 metros, a natureza já estava toda desperta, viva e radiante! 

Haviam espécies diferentes naqueles voos frenéticos. A plumagem colorida brilhava como cores do arco-íris ao reflexo da luz do sol. Às vezes, as avezinhas descansavam nos galhos dos arbustos reservando energia para voltar ao delicado ataque as flores.

Aqueles zumbidos alados eram como verdadeiros mensageiros dos deuses. De flor em flor, buscavam o néctar da vida.

Campos de Cerrado – São José dos Campos

O cerrado de São Paulo está espalhado em ilhas de vegetação pelo interior e vale do Paraíba.

O cerrado em São Paulo é misturado com a mata atlântica e foi se perdendo com a ocupação urbana e agropecuária. Hoje ocupa apenas 1% da área do estado da qual já cobriu 14%. Este 1% é cerca de 250 mil km2 e somente 18% é protegido por unidades de conservação e reserva legal.

Felizmente, diversas universidades, institutos e ONGs estão desenvolvendo pesquisas e projetos para mapear, recuperar e conservar estes últimos bolsões do cerrado de São Paulo.

Nestes fragmentos temos o cerrado strictu sensu, de vegetação rasteira e árvores esparsas, como a gabiroba, araçá e perobinha-do-campo. Na floresta baixa e seca, conhecido como cerradão, temos a copaíba, angico e pau-terra. No cerrado de campo sujo e campo cerrado, encontram o capim e outras plantas rasteiras.

No vale do Paraíba, município de São José dos Campos temos fragmento do cerrado com ocorrência na zona sul e leste do município. A predominância é de campos de cerrado, como o campo limpo, campo sujo, campo cerrado e cerrado strictu sensu.

A relevância do cerrado no vale do Paraíba, que ocupou os platôs da região, deu nome à São José dos Campos.

Em São José dos Campos existe um projeto para criar um parque público do cerrado, com uma área de 40 hectares na região sul, onde ainda mantem o cerrado endêmico e área de mata atlântica.

Sentinela de Pedrinhas – Ilha Comprida

Ilha Comprida se alonga por 74 km de praias numa altimetria plana. A ilha revela mares de dentro e de fora, matas de restinga, dunas e vilas caiçaras. Umas das vilas mais tradicionais é Pedrinhas, ao sul da ilha.

Em Pedrinhas fotografei o Savacu-de-coroa. Uma bela ave com altura de até 70 cm. Esta ave apresenta uma coloração amarela na região da testa. A lateral da cabeça é preta e tem uma mancha branca logo abaixo dos olhos. Parecia uma sentinela de Pedrinhas.

Ilha Comprida é considerada uma importante região para preservação de aves. Nos diversos biomas da ilha já foram fotografadas 274 espécies de aves.

Me Leva Beija-Flor – Parque Nacional da Serra da Bocaina

” Me leva Beija-Flor, me leva para onde você for.”

Ave Fantástica

Encontrada nas três Américas. É conhecida por uma diversidade de nomes como Colibri, Cuitelo, Guanambi, pica-flor, chupa-flor, chupa-mel, beija-flor entre outros. Em inglês, “hummingbird”, onde “humming” significa zumbido, do bater das asas.

Tão Pequeno

Parece frágil mas tem uma força fantástica. Sua estrutura esquelética muscular permite voo extremante rápido e ágil. Única ave que consegue ficar parada no ar ou voar em marcha a ré. O batimento das asas pode chegar a 200 vezes por segundo dependendo da direção do voo e condições do clima. O ritmo cardíaco é cerca de 1.200 batidas por minuto. Por isso o beija-flor precisa se alimentar em média 5 a 8 vezes por hora.

Especialista no Meio em que Vive

Todas as cerca de 325 espécies, tem um bico adaptado para se alimentar conforme o meio ambiente em que vive. Por outro lado, tem uma característica comum que é a língua bifurcada e comprida para extrair o néctar das flores (são polinizadores) sendo que algumas espécies comem moscas e formigas. Sua visão é muito aprimorada, além de identificar cores podem detectá-las no espectro ultravioleta.

Beleza Notável

De plumagem brilhante e colorida. A coloração é causada por fatores como nível de luz, umidade e principalmente pela iridescência na disposição das penas que é um fenômeno óptico que faz certos tipos de superfícies refletirem as cores do arco-íris.

Mensageiro dos Deuses

O beija-flor é conhecido como um mensageiro dos deuses e tem na mitologia grega a deusa Íris na personificação do arco-íris e mensageira dos deuses para os seres humanos. Esta ave também simboliza alegria, cura, delicadeza e energia. Um ser mágico que para os nativos da América representam força e harmonia. Para os nativos Hopis, dos EUA, personificam um herói que salva a humanidade da fome visto que o Guanambi intervém na germinação das plantas. Ao passo que os nativos da Colômbia, os Tukanos, atribuem ao Colibri a virilidade porque copulam com as flores.

Guardião do Tempo – Maria da Fé

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Nas andanças por aí me deixei estar à toa numa pracinha de minas. O calor tinha estacionado naquela tarde tranquila. Meu pensamento estava lento. O click para foto parou naquele ancião de chapéu branco. Os minutos pareciam horas. Tentando matar o tempo procurei por formas estranhas nas nuvens que passavam no céu. Logo percebi que o longevo sentou no banco da praça. De olhar vazio, tudo aparentava tons de cinza. O amálgama do arrastado e acelerado. Com ar pesado minha inspiração era pausada. O velho homem ali ficou com seu guarda-chuva preto. Um fiel guardião do tempo. Então, num piscar de olhos, ele se foi e tudo voltou ao corriqueiro e pacato de uma cidadezinha do interior de minas.

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Povos Nativos

Esta animação mostra um nativo indo à caça quando se defronta com um totem. A partir daí inicia uma jornada misteriosa e insólita.

Estima-se que a 5 séculos atrás, 1.000 povos já viviam onde hoje é o território brasileiro. Como eles já estavam por aqui, é correto chamá-los de povos originários ou nativos, ou seja, próprio do lugar onde nasceram.

Com a chegada dos europeus às Américas, estes povos nativos foram dizimados, de norte a sul do continente americano.

Atualmente os povos originários brasileiros são minoria, menos de 0,5% da população, somando menos de 1 milhão de indivíduos, espalhados num Brasil de tamanho continental.

Estes povos nativos coexistem com a nossa urbanidade e certamente não se identificam integralmente com toda esta sociedade moderna. É claro que ainda existem conflitos por questões de interesses diversos, mas as relações evoluem para o respeito e preservação destas culturas ancestrais.

Animação: Pajerama – Glaz Entretenimento e Estúdio Nômade

No Meio do Nada – Meio Ambiente

ONDE NASCI

Cresci e vivo até hoje. Uma casinha modesta, entocada no mato ou isolada no campo, afastada da vida urbana. Sinceramente não saberia viver em outro lugar.

O vizinho mais próximo está a léguas de distância. Gente amiga que vive a vida de modo simples. Nada fácil onde tudo se consegue com muito trabalho, do nascer ao pôr do sol. Gente de sorriso fácil ou mais reservado, natural, verdadeiro!

Da terra eu compartilho tudo. Dela eu tiro meu sustento, escambo as sobras. Tudo comedido e nada falta.

SONHO MEU

Fugir do caos e do estresse da cidade grande. Voltar a viver próximo a natureza, igual aos meus ancestrais. Autoengano, de fato não saberia por onde começar. Fugir apenas nos finais de semana seria uma alternativa.

Buscar uma nova vida, em comunidades afastadas onde a coletividade e criatividade seriam itens básicos de sobrevivência.

ESTILO DE VIDA

No resgate do valor das coisas simples, em meio a natureza, com maior qualidade de vida. Diferente de viver a qualquer custo ou no limite da mendicância.

Com alegria e coragem, segue o coração para se libertar dos excessos. Reconectar-se ao essencial e buscar a verdadeira qualidade de vida.

Não importa se é um sonho meu ou se nasci no meio do nada.

Dia Mundial do Meio Ambiente

Comemora-se anualmente, em 5 de junho, o dia mundial do meio ambiente. Um dia, uma semana, parece pouco mas é o momento para alertar e também mostrar o que de bom se têm feito em prol do planeta.

Ainda é pouco diante de tanta poluição, desperdício e consumo irresponsável, em um planeta populoso, com recursos naturais mal utilizados e severas mudanças climáticas em curso.

Para reflexão em comemoração a este dia, escolhemos o filme “A Era da Estupidez”, do original “The Age of Stupid” – 2009, um filme de Franny Armstrong.

O filme se passa em 2055 numa mistura de documentário, ficção e animação, e mostra como o ser humano é o principal ator sobre esta questão ambiental mundial.

Um filme que tentou provocar mudanças no jeito de agir das pessoas. Vale a pena rever.

Assista o trailer!

Vídeo: Spanner Films – Trailer ” The Age of Stupid “