“Há árvores que observam. Entre cascas e veios, a natureza às vezes molda um olho — como se a floresta, em seu silêncio antigo, decidisse olhar de volta. A imagem captura um desses instantes — a presença viva de algo que nos observa.”

Dizem que toda floresta tem um coração vivo. Um olhar antigo, gravado em sua entranha, que observa o passar das eras sem jamais piscar. Às vezes, esse olhar aparece encravado em um tronco — a lembrança viva de que a Terra nos vê o tempo todo.
É real. Eles habitam um espaço-tempo alternativo. Formas luminosas dançam entre as árvores. Vozes sussurram na névoa que surge do nada. Seres que nascem do encontro entre os elementais da natureza.
Os antigos contavam que, ao entardecer, a floresta se move sutilmente, como se cada folha respirasse com consciência. E quem percebe o olho em alguma árvore, já foi tocado, mesmo sem saber, pelo espírito que habita tudo o que é vivo na mata.
Seria um guardião? Ou apenas a própria vida, olhando de volta, lembrando que há mundos inteiros vibrando sob nossas pegadas.
