Agora a liberdade está tão real nos sonhos. Às vezes questiono minha sanidade. Acordar e lembrar do sonho, voltar a dormir e sonhar de onde o sonho parou. Isso sim é maluco. Em um deles subi a colina com mais dificuldade, não desisti. Percebi tudo em preto e branco. Cadê as cores? Cadê a alegria? Senti a respiração ofegante. Olho para trás e nada vejo. Então fui em frente. Caminhei muito mais, por horas a fio. Sei que espírito livre precisa de corpo físico inanimado. Sempre são incansáveis horas de trabalho, as vezes estudo, mas sei bem que muitos deles nada lembro. Certo de que ainda não estou preparado para lembrar de todos. Acordo descansado. Agora tenho outra batalha para lutar. Sei que nesse orbe turbulento é preciso ser guerreiro nas atitudes do bem comum. Vou para o espelho, não é um sonho. Olho no olho, vai encarar? Elevo um sorriso silencioso e respeitoso. Sim existem inimigos lá fora, mas o maior deles acabei de confrontar. Então, coragem! Vamos à luta para lá fora voltar a ser livre.
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Pico de São Sebastião – Parque Estadual de Ilhabela
Começamos o ano em grande estilo subindo o ponto culminante da Ilhabela, o Pico de São Sebastião, em caminhada de um dia.
Logo ao amanhecer saímos do Camping Palmar em direção ao sul da ilha. Após praia do Portinho e antes da praia da Feiticeira, saímos da estrada no portal de pedra em direção ao Chalé Recanto dos Pássaros e Cachoeira dos Três Tombos.
A caminhada tem aclives constantes a partir da cota 100 até o cume. Com trilha em mata fechada, úmida e quente, o terreno é bem acidentado e liso. Tivemos que rastejar por debaixo de bambuzais, desviar de espinhos e arvores caídas.
Como sempre, existe o perigo de animais peçonhentos e atenção redobrada nas pequenas bifurcações e trilhas de caçadores. A água é restrita mas pode ser encontrada na região do cume.
A caminhada iniciou no final da rua da caixa d’água, em estrada tomada pelo mato que em seguida segue em trilha margeando o lado esquerdo do rio.
Após meia hora de trilha passamos por uma pedra que parece um leme de navio, indicativo que estávamos na trilha certa. O caminho acessa trechos fechados de mato e tuneis de bambu onde o uso do facão foi essencial.
A cerca da cota 1.000 chegamos na Toca da Baliza, abrigo natural, excelente para pernoite ou emergência. Desse ponto entramos nos trechos mais íngremes com bambuzais em desnível. Ao chegar na pedra, contornamos pela direita até chegar em um pequeno descampado e mais adiante atingimos o cume a 1.380 m de altitude.
O vento sul trouxe nebulosidade. No cume a paisagem é incrível. Em meio ao movimento constante das nuvens avistamos no continente o município de São Sebastião e Serra do Mar.
Na ilha, mais ao sul vimos a praia do Bonete, Ponta do Boi e parte do Saco do Sombrio. Do lado do canal, pudemos avistar a vila da ilha e o Pico do Baepi.
Totalizamos 9 horas entre ida, cume e retorno.
Excelente trilha!








