Beija-Flor do Tepui – Monte Roraima

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O trekking ao Monte Roraima reservou surpresas inesquecíveis! A começar pela imponência deste tepui que tem um platô com uma superfície em torno de 40 km² cercado por falésias.

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A chegada ao topo mostrou um ambiente bem diferente da savana e florestas tropicais que estão ao entorno. Este tepui foi escalado somente no final do século XIX por uma expedição britânica. Desde então, ocorreram diversas incursões para pesquisa de sua fauna e flora com alto grau de endemismo.

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No hotel índio, local onde montamos acampamento, avistei um beija-flor pousando num arbusto. O que chamou atenção foi o som abafado do voo ligeiro do pássaro. Tentei fotografá-lo, mas a minha movimentação afugentou o beija-flor-do-tepui.

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O seu habitat natural são florestas subtropicais e tropicais de baixa altitude. Como aquele pássaro conseguiu voar a uma altitude média de 2.700 metros? Outra surpresa é o tamanho em torno de três a quatro vezes maior que outros beija-flores.

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Certamente aquela seria a primeira e última aparição, mas novamente algo inusitado aconteceu quando visitamos o El Fosso. Na busca de uma foto mais ampla, explorei os arredores subindo nas pedras que contornavam o local.

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Na saída do El Fosso fiquei um pouco atrás para passar protetor solar e parei numa pedra. Num instante, surgiu o beija-flor-do-tepui de voo rápido e extremamente ágil. Fiquei extasiado, pois o animal ficou cara a cara, as vezes imóvel no ar ou fazendo manobras para frente e para trás.

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Se não bastasse o bicho pousou na minha cabeça, na aba do boné. Alguns segundos pareceram uma eternidade! Fiquei imóvel, tentando sinalizar para que alguém vice aquela cena.

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A natureza no tepui é generosa e fiquei muito grato pelas experiências vividas durante aqueles dias no platô do Monte Roraima. No entanto faltou a foto daquele esplêndido beija-flor-do-tepui.

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Vale dos Cristais – Monte Roraima

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No planalto do Monte Roraima a sensação é que estávamos em outro mundo. Protegido por falésias de cerca de mil metros de altura num ambiente totalmente diferente das savanas e da floresta tropical que está aos seus pés, o tepui reservara momentos singulares.

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Os dias e noites pareciam mais longos. As intempéries ditavam os ciclos de calor, frio, sol, chuva, vento e neblina. Uma paisagem rochosa e escura que aos olhos atentos anunciava o endemismo, principalmente entre repteis, anfíbios e plantas insetívoras.

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Apesar do cansaço das caminhadas, o silêncio da noite de lua cheia me fez arriscar fotos noturnas e mergulhar os pensamentos no valor da gratidão e da compaixão. Assim, o mantra da compaixão entoava na mente… Om Mani Padme Hum.

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Seis sílabas que ao longo da caminhada ao Vale dos Cristais anunciara os muitos significados da joia do Lótus. Tudo isso envolto numa manhã nublada que se transformou numa longa tarde chuvosa.

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Os cristais brancos afloravam do leito rochoso lavado pelas chuvas. Dentro do desfiladeiro a formação indicava significativos depósitos de quartzo. Infelizmente algumas porções quebradas mostravam sinais de depredação.

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O significado do mantra se desenhara em cada canto, em cada elemento daquele caminho. Um sentimento de pertencer à mãe-terra que alimenta a alma e a vida. Da mesma forma como a flor de Lótus que aflora da lama sem estar imundo, o nosso interior pode florescer para o sentimento do bem comum, na aceitação das diferenças e mais tolerante.

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O cristal é natureza superior, equilíbrio, energia natural para harmonização do corpo e da mente. Como um presente, a invocação ao mantra se revelou como uma joia no caminho dos cristais.