Aranha Pescadora

Aranha encontrada com certa facilidade nas pedras de riachos e cachoeiras. Algumas impressionam pelo tamanho. De cor amarronzada, ficam bem camufladas nas rochas. Como curiosidade elas correm sobre água parada e possuem oito olhos. 

Conhecida como aranha-pescadora ou aranha d’água, estava num canto sobre o chão de pedra de um riacho na região de Delfinópolis, Serra da Canastra. Apesar da minha aproximação a aranha não se mexeu. 

Da família Trechaleidae, são 117 espécies distribuídas em 16 gêneros, sendo esta do gênero Trechaleoides biocellata.

Nascente da Água Quente – Serra da Canastra

Após travessia no Parque Nacional da Serra da Canastra, era hora de relaxar e trilhar por caminhos em busca de novas cachoeiras. De volta a Delfinópolis, descobrimos riachos de água cristalina e uma nascente de água quente, na Fazenda da Dona Maria Concebida. Distante cerca de 22 km de Delfinópolis a sinalização era precária na estrada de terra.

ROTA DE ACESSO

A primeira rota, no entroncamento a direita, segue a indicação das placas, entra a esquerda, e estaciona no final da estrada. Atravessa a pinguela e caminha por uns 2 km até a entrada da fazenda. A segunda rota, no entroncamento a esquerda, é para quem tem 4×4 atravessar o rio Santo Antonio, se o nível da água não estiver alto. Após o rio, a direita na estrada por 3 km até a entrada da fazenda.

Dentro da fazenda, a trilha é curta até as piscinas naturais. A cachoeira da Maria Concebida fica na parte mais elevada do percurso e abaixo ficam os Poços do Açude e a Nascente da Água Quente. A grande revelação foi a nascente. Por uma trilha molhada, caminhamos as margens de um riacho até um poço. Um recanto de água clara esverdeada.

NASCENTE DA ÁGUA QUENTE

Além da beleza natural, quase desapercebido, na margem esquerda sob a sombra da mata ciliar, um cano encaixado nas pedras deixa escorrer uma ducha de água abundante. Embaixo, abrigado por pedras, um pequeno tanque se enche d’água, perfeito para ficar sentado debaixo da ducha. Um contraste de temperatura bem evidente entre a água da nascente e aquela do poço. Muito agradável ficar se banhando entre a água fria e quente.

Cachoeiras da Serra – Serra da Canastra

” Na busca dos chapadões e vales, ficamos com a certeza de uma fonte inesgotável de cachoeiras na região da Serra da Canastra. Para fechar com chave de ouro, seguimos em direção ao paredão norte da serra, para as cachoeiras Dorico, antes Antônio Ricardo, e do Vento, também conhecida como dos Escravos. “

Estão localizadas em área particular duas fantásticas cachoeiras a 22 km de São Roque de Minas. Por estrada de terra, fomos parando a perguntando aos moradores locais até chegarmos na fazenda do Sr. Dorico, nome do atual proprietário.

A Cachoeira Dorico, localiza-se dentro de um cânion que forma duas grandes quedas. A primeira queda pode ser vista logo que a trilha desce em direção ao leito do rio, exatamente acima da queda. A queda principal é a segunda, por ser mais alta, uns 45 m, e forma um magnifico poço para banho.

A Cachoeira do Vento, também encravada em um cânion, está elevada no alto do paredão. Com pouco volume d’água e bastante vento, a queda d’água se transforma em spray e muda de formato a todo tempo. Existem apenas mini poços. A vista é imponente. Pode-se ainda escalaminhar as pedras para chegar debaixo da cachoeira e depois explorar um caminho até a grota, que foi um esconderijo dos escravos.

A trilha começa numa subida a direita em diagonal e depois vira para esquerda em direção a cachoeira do Dorico. Voltando pelo mesmo caminho, até a primeira bifurcação, dobra-se a esquerda descendo na trilha. No final subimos até a cachoeira do Vento.

Uma trilha de dificuldade média com 300 m de elevação a 1.100 m de altitude e 8 km de caminhada.

Com estas magnificas cachoeiras fechamos nossa aventura na Serra da Canastra.