APA São Francisco Xavier

A Área de Proteção Ambiental de São Francisco Xavier foi criada em 2002, com o propósito de proteger a diversidade biológica, disciplinar o uso e ocupação do solo e recursos hídricos. Em 2016 a APA foi escolhida para o Projeto Conexão Mata Atlântica, o qual passou a receber recursos para implantar serviços ambientais, certificação de processos e produtos, e assistência as cadeias produtivas sustentáveis. A prefeitura de São José dos Campos também auxilia com projetos de recuperação de áreas naturais, saneamento em área rural, entre outras ações.

Na APA de SFX contamos com uma abundante vegetação natural e fauna silvestre, tendo o distrito como representante o muriqui, um dos maiores primatas do Brasil. Com recursos hídricos significativos, inúmeras nascentes formam regatos e riachos que abastecem o rio do Peixe que se incorpora a bacia do rio Jaguari, importante manancial do rio Paraíba do Sul. Outro atrativo natural é a Serra da Mantiqueira que neste trecho está apinhado de montanhas como a Pedra da Onça, do Abismo, do Rochedo, Partida, Redonda, Pico do Selado (2.080 m) e outras.

A APA está numa área de 11.976 hectares, localizado ao norte de São José dos Campos, no distrito de São Francisco Xavier, no limite entre os estados de São Paulo e Minas Gerais e municípios de Joanópolis-SP e Camanducaia-Distrito de Monte Verde-MG.

Donde Eu Vim – São José dos Campos

Donde eu vim, os primeiros habitantes no final do século XVI eram os índios Puris com os jesuítas formaram a Aldeia do Rio Comprido, que em 27 de julho de 1767 foi elevada a vila de São José do Paraíba, distante quinze quilômetros de onde está localizada a Igreja Matriz. Em meados do século XIX com a produção de algodão para exportação houve um crescimento econômico.

Éramos rurais e nascemos com vocação tecnológica. Hoje somos referência em inovação e empreendedorismo no Brasil. Uma cidade com qualidade de vida, grandes extensões de ciclovias, muitos lugares para caminhar e correr.    

Donde eu vim, tantas mudanças. Em 1864 de vila a município, em 1871 o nome da cidade mudou para São José dos Campos, em 1869 o primeiro bairro de Santana, em 1921 inaugurado o Mercado Municipal e 1951 chegou a rodovia Presidente Dutra. Fomos uma estação climática e cidade sanatório no tratamento da tuberculose, história preservada com o tombamento do parque Vicentina Aranha.

Qual Joseense que não conhece a praça do Sapo, o parque Santos Dumont, o Banhado e a primeira fábrica e fazenda da tecelagem Paraíba, hoje Parque (da Cidade) Municipal Roberto Burle Marx.  

Donde eu vim, a partir da década de 40 e 50 ocorreu a criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA, e ao redor, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – DCTA, um complexo para pesquisa e desenvolvimento aeroespacial, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, e o boom industrial na cidade.

Em 1969, nasceu o avião Bandeirante e foi criada a Embraer, atualmente a terceira maior fabricante mundial de aviões. Em 2006 foi criado o Parque Tecnológico de São José dos Campos e a partir de 2011 incorporado o Centro Empresarial.

Donde eu vim, hoje somos mais de 730 mil habitantes, a segunda maior população do interior de São Paulo, a maior cidade do Vale do Paraíba, com área de 1.100 km2 e distritos de Eugenio de Melo e São Francisco Xavier.

Em 2019, a pesquisa Indicadores de Satisfação dos Serviços Públicos – Indsat, indicou primeiro lugar no grau de satisfação com qualidade de vida entre as 10 maiores cidades do estado de São Paulo, tendo na sustentabilidade a melhoria da qualidade ambiental e investimentos em parques públicos. Dentro dessa área total existem áreas de serrado e mata atlântica.

Donde eu vim, em 2018 o distrito de São Francisco Xavier ganhou um parque público na antiga fazenda do Bose, que abriga um casarão do século XIX e metade da área está em floresta nativa.

Aos pés dessa parte da Serra da Mantiqueira, faz divisa com Camanducaia – Monte Verde – MG. Dos 500 m de altitude na planície do rio Paraíba do Sul alcança 2.080 m no Pico do Selado, o ponto culminante do município.

O distrito de São Francisco Xavier é Área de Proteção Ambiental, Estadual e Federal, e suas matas abrigam o muriqui, o maior primata das Américas.

Donde eu vim, em 2020 a Fundação Arbor Day e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura anunciou São José dos Campos como uma das três cidades reconhecidas no programa “Cidades de Árvores do Mundo”. Para receber o reconhecimento, a cidade teve de provar o compromisso com as árvores, a silvicultura, o manejo e criação de florestas urbanas.

Continuar preservando e desenvolvendo o verde na vida do Joseense faz de São José dos Campos uma das cidades mais arborizadas do país.

Donde eu vim, temos um jequitibá-rosa, patrimônio Joseense, protegida por lei, situado no distrito de Eugênio de Melo. Atualmente sustentado por hastes de ferro é um dos símbolos da cidade. Um verdadeiro ancião, conhecida como o Gigante Eugênio, com 27 m de altura, uma copa de quase 30 m e idade estimada em até 700 anos.

Somos privilegiados por estar próximo as maiores montanhas do país, na serra da Mantiqueira, e do litoral norte e sul de São Paulo, um dos litorais mais bonitos do Brasil.

Donde eu vim, em 2022 São José dos Campos foi certificada como a primeira Cidade Inteligente do Brasil. A certificação foi concedida pela ABNT (NBR ISO 37120, 37122 e 37123) regulamentadas pelo World Council on City Data / ONU, em serviços urbanos, qualidade de vida e práticas sustentáveis, destacando aplicação tecnológica e boas práticas de gestão na qualidade de vida da população.

Por tudo isso, somos orgulhosos de sermos Joseense. Parabéns a todos que vivem em São José dos Campos pelos 256 anos de prosperidade, oportunidade, responsabilidade, qualidade de vida, amor, sonhos e liberdade!

Há dois anos atrás tivemos a grata apresentação da Esquadrilha Ceu, formada por pilotos da aviação de caça e oficiais da reserva da Força Aérea Brasileira, quando da comemoração do aniversário de 254 anos.

Parabéns São José dos Campos!

256 anos

Pedra de São Domingos – Sul de Minas Gerais

A Pedra de São Domingos se eleva a 2.050 m de altitude entre os municípios de Córrego do Bom Jesus, Paraisópolis e Camanducaia, no extremo sul de Minas Gerais.

Acesso por estrada rural, partindo de Gonçalves ou Cambuí, distante 20 km até o topo. A partir do km 15, somente veículo 4×4 em subida íngreme com trechos em chão de cimento.

Por trilha, distante 15 km de Gonçalves e 7 km de trilha via Otavianos Rancho.

No cume estão instaladas antenas de comunicação.

O espetáculo fica por conta da vista panorâmica de quase 360º.

Em dias claros, avista-se o Córrego do Bom Jesus, Cambuí (altitude 860 m) e Gonçalves (altitude 960 m).

Quanto as montanhas, avista-se a Pedra do Baú (altitude 1.950 m), o Pico do Selado (altitude 2.080 m) e toda extensão deste trecho da Serra da Mantiqueira.

Local: Córrego do Bom Jesus, Paraisópolis e Camanducaia / MG

Desbravador Parte 3 – Pico do Selado

Dizem que o desconhecido e o medo andam juntos.

No poente, temos o anuncio da noite escura, do frio intenso e dos animais que saem a caça. É hora de montar abrigo. O desconhecido e o medo ficaram lá fora.

Ao amanhecer, o sol radiante declara que a vida continua. Momento de contemplação e agradecimento por tudo e por todos os seres vivos.

Respiramos fundo e seguimos em frente, com determinação, vontade e fé.

Como caminhar é preciso, agora é hora de montar a mochila da próxima aventura.

Desbravador Parte 1 e Parte 2.

Pico do Selado – São Francisco Xavier e Monte Verde

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O Pico do Selado está localizado entre os distritos de Monte Verde, em Camanducaia / MG, e São Francisco Xavier, município de São José dos Campos / SP.

Numa sequência de montanhas rochosas da Serra da Mantiqueira temos o Pico do Selado como ponto culminante a 2.080 metros de altitude.

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O acesso pode ser feito por trilhas, tanto pelo lado de Monte Verde como por São Francisco Xavier.

O grau de dificuldade de cada lado está nas distâncias, inclinação, tipo de terreno e trilhas quase todas autoguiadas.

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Pelo caminho mais longo, segue a trilha do Jorge numa travessia de São Francisco Xavier até Monte Verde e depois até o Platô, para então seguir na trilha que chega ao pico.

Outra opção é seguir pela mesma trilha, desviar para a Pedra da Onça, seguir para Pedra Partida sentido Pedra Redonda, Chapéu do Bispo até o Platô e de lá subir até o pico.

Em qualquer destes dois caminhos, será uma longa jornada com mochila cargueira para fazer pernoite e voltar no dia seguinte.

Considere ainda que o trecho da Pedra da Onça até a Pedra Partida não é toda autoguiada.

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Outra opção é pelo lado de Monte Verde. Começar a caminhada pela trilha do Platô, no final da rua da Mantiqueira, ou pela trilha do Chapéu do Bispo, no final da avenida das Montanhas.

Neste caso ambos chegarão ao Platô e depois até o pico. Com uma mochila de ataque pode-se aproveitar bem o dia saindo cedo para voltar ao entardecer.

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Em termos de duração de ida e volta, a estimativa é de 15 horas pelo lado de São Francisco Xavier e 5 horas pelo lado de Monte Verde.

As paisagens desta parte da Serra da Mantiqueira são de tirar o fôlego com visão 360 graus das montanhas do sul de Minas e de São José dos Campos.

Abordaremos as travessias, de São Francisco Xavier a Monte Verde e Serra dos Poncianos, em outros posts.

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Local: Serra da Mantiqueira / Monte Verde e São Francisco Xavier

Serra dos Poncianos – São Francisco Xavier Parte 2

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A trilha seguiu a crista num pequeno declive e nivelou após trinta minutos de caminhada. Na bifurcação dobramos a direita numa descida de quase cem metros em altitude. Então passamos uma pequena clareira que parecia uma cocheira de gado e mais adiante cruzamos um pequeno riacho.

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Margeando o riacho à esquerda por mais algumas dezenas de metros subimos a mata direção sudoeste. A subida dentro da mata mostrava inúmeras trilhas falsas de caminhos deixados pelo gado solto na serra. Subimos o morro até encontrar um terreno mais rochoso, forte indicativo de estarmos chegando ao topo.

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Contornando à direita atingimos uma visão do horizonte onde encontramos o mirante a leste, local de onde partimos. O topo estava logo acima. Deixamos as mochilas numa pedra e subindo mais à direita contornamos uma encosta rochosa mais exposta. Em minutos atingimos o topo da Pedra Partida a 2.050 metros de altitude.

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Naquela tarde ensolarada uma densa massa de nuvens brancas tentava atravessar aquela parte da serra. O mar de nuvens subia e se dissipava lentamente mais a oeste com a visão da Pedra Redonda e mais ao fundo o Pico do Selado, apenas um ponto escuro quase desaparecido entre as nuvens.

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Após uma hora contemplando aquele espetáculo da natureza retornamos ao mirante para acampamento. Fomos surpreendidos com um magnífico entardecer de um pôr do sol esbraseante.

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