Pernoite no Queixo da Anta – São Francisco Xavier

Assim que nos despedimos da Dona Ricardina, ao meio dia começamos a caminhada. Neste momento a mochila cargueira nem parecia pesada, apesar da água, comida e equipamento para pernoite no Pico Queixo da Anta que está a 1.740 m de altitude.

Dentro da mata, subimos pela encosta íngreme até a parte rochosa. Ao atingir a crista da montanha, avançamos em direção a parte mais alta da pedra. Neste ponto já podíamos ver no horizonte o município de São José dos Campos.

Em seguida descemos, com corda, uma pequena encosta rochosa. Foram 2 horas de caminhada até a ponta da pedra. Então, preparamos o local do acampamento e café. Era começo da tarde e no horizonte se podia perceber que o poente seria magnífico.

Ao observar atentamente a serra, não pude deixar de admirar o formato peculiar da Pedra Bonita (2.120 m).

Com o sol se encaminhando para atrás da serra, havia chegado a hora de retornar a ponta da pedra.

Como um presente, bem abaixo na mata, do lado esquerdo da pedra, havia um bando de muriquis saltando no alto da copa das árvores. Com o zoom da máquina consegui gravar a movimentação da macacada.

Depois voltei minha atenção para o céu alaranjado. Graciosamente a silhueta do Queixo da Anta se refletiu na encosta ao lado. Na boa prosa ficamos vendo aquele espetacular pôr do sol.

Ao cair da noite, a lua nem incomodou o céu estrelado e as luzes de São José dos Campos e São Francisco Xavier.

Na manhã seguinte, aos primeiros raios do sol, as colinas ficaram todas iluminadas, clareando os morros menores no fundo do vale. Era o prenuncio de um dia de céu de brigadeiro.

Ao examinar minuciosamente até onde a vista alcançava, a oeste, ainda na sombra da serra, os eucaliptos mais altos indicavam a Pedra da Onça ou Mirante de São Francisco Xavier (1.950 m) e na elevação mais ao fundo a Pedra Partida (2.050 m).

Como é bom pousar nas montanhas da Mantiqueira!

Ao retornar, deixamos o local onde acampamos igual como o encontramos. O lixo que produzimos no acampamento foi trazido conosco para descarte em local apropriado.

Serra dos Poncianos – São Francisco Xavier Parte 2

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A trilha seguiu a crista num pequeno declive e nivelou após trinta minutos de caminhada. Na bifurcação dobramos a direita numa descida de quase cem metros em altitude. Então passamos uma pequena clareira que parecia uma cocheira de gado e mais adiante cruzamos um pequeno riacho.

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Margeando o riacho à esquerda por mais algumas dezenas de metros subimos a mata direção sudoeste. A subida dentro da mata mostrava inúmeras trilhas falsas de caminhos deixados pelo gado solto na serra. Subimos o morro até encontrar um terreno mais rochoso, forte indicativo de estarmos chegando ao topo.

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Contornando à direita atingimos uma visão do horizonte onde encontramos o mirante a leste, local de onde partimos. O topo estava logo acima. Deixamos as mochilas numa pedra e subindo mais à direita contornamos uma encosta rochosa mais exposta. Em minutos atingimos o topo da Pedra Partida a 2.050 metros de altitude.

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Naquela tarde ensolarada uma densa massa de nuvens brancas tentava atravessar aquela parte da serra. O mar de nuvens subia e se dissipava lentamente mais a oeste com a visão da Pedra Redonda e mais ao fundo o Pico do Selado, apenas um ponto escuro quase desaparecido entre as nuvens.

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Após uma hora contemplando aquele espetáculo da natureza retornamos ao mirante para acampamento. Fomos surpreendidos com um magnífico entardecer de um pôr do sol esbraseante.

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Serra dos Poncianos – São Francisco Xavier Parte 1

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Como todo início de temporada de montanha era grande a expectativa para aquele final de semana. A previsão climática indicava muita nebulosidade e nenhuma precipitação. Então seguimos em direção a São Francisco Xavier naquela fria manhã de outono.

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Depois de parada obrigatória para um delicioso desjejum com café, leite, pão e queijo minas, seguimos em direção a serra até um estacionamento, a 1.200 metros de altitude. Hora dos ajustes na mochila cargueira, recomendações e alongamento.

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A trilha bem demarcada não exigiu nenhum conhecimento prévio além do esforço continuo na subida constante. Os inúmeros regatos e riachos ajudaram a refrescar, além de serem boas fontes para captação de água potável.

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Entre paradas e prosas chegamos à crista da serra, divisa entre São Paulo e Minas Gerais. Neste ponto entramos a esquerda em direção a Pedra da Onça. Em três horas de caminhada atingimos o Mirante de São Francisco Xavier a 1.950 metros de altitude.

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Apesar da pouca visibilidade obtemos um azimute de 270 graus oeste em direção a Pedra Partida. Ao meio dia seguimos mata adentro onde a trilha principal se confundia com aquelas feitas por vacas e cavalos que ficam soltos na serra, ou ainda, aquelas picadas na mata feitas durante a busca do avião monomotor RV-7 cujos destroços foram encontrados no início de fevereiro de 2013.

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O final desta jornada continua no final do mês.