Travessia Serra da Balança

Na subida da Serra da Balança, atravessamos a divisa entre o estado de São Paulo e Minas Gerais, mais precisamente de São Bento do Sapucaí para Gonçalves, em direção aos mirantes da Pedra Alta.

Em pouco mais de 4 km de caminhada em estradinha de terra e trilha, numa subida constante, chegamos na encosta rochosa até os mirantes da Pedra Alta. Um vislumbre de amplitude da paisagem, em tons verde, naquele cantinho da serra do Sul de Minas. Ali fica evidente o vale por onde subimos a serra. Ao lado a Pedra da Balança, e bem ao fundo, a silhueta do Complexo do Baú, composto pelas pedras Bauzinho, Baú e Ana Chata.

De braços abertos contemplamos aquela vista!

Voltamos pelo mesmo caminho em descida, e uma nova subida, agora dentro da mata, até chegar em uma encosta oposta ao lado rochoso da pedra, tendo como primeira vista, um pequeno vale verde, comum aquelas bandas do Sul de Minas. Enfim, em cerca de 3 km de caminhada chegamos no cruzeiro e mais a frente, no ponto mais alto da Pedra da Balança. Era meio dia em ponto. Paramos para lanchar e apreciar aquele outro lado da serra.

Com uma vista de quase 360º, mais próximo avistamos a Pedra do Cruzeiro, Pedra da Divisa e Cachoeira do Tobogã, e bem distante, apurando a visão nos detalhes, a Pedra do Baú, a cidade de São Bento do Sapucaí e a Pedra Bonita.

O retorno é praticamente uma descida constante em aproximadamente 4 km até a cachoeira do Tobogã. E antes de partir, um olhar quase magnetizado pela pedra.

A Montanha Mais Alta – Sapucaí Mirim

“Quando se sobe a montanha mais alta da região e se vê tantas outras, percebe-se quão vasta e majestosa é a Serra da Mantiqueira ao redor. ”

Logo na estrada, ao amanhecer, já avistamos a belíssima formação rochosa do complexo do Baú, com vista das três pedras – Ana Chata, Baú e Bauzinho.

Desta vez nosso objetivo final foi a Pedra Bonita, também conhecida como Pedra do Campestre. É o ponto mais alto de toda região na divisa entre os municípios de Gonçalves e Sapucaí Mirim no extremo sul de Minas Gerais.

A partir dos dois mirantes até o cume, a 2.120 m de altitude, em dia de boa visibilidade e com alguma paciência, é possível avistar uma dezena de pedras, montanhas e serras…

Como as Pedras do Forno, da Balança, da Divisa, do Baú, e Pico São Domingos. 

Observando atentamente, logo atrás do Baú, a silhueta do maciço Marins-Itaguaré, e quase desapercebido a Serra Fina, com destaque para o pico da Pedra da Mina. 

Ainda na Mantiqueira, os Picos Agudo e Trabiju, e Serra dos Poncianos.

Por Gonçalves são 8 km de trilha, enquanto que por Sapucaí Mirim são 10 km.

Pernoite no Queixo da Anta – São Francisco Xavier

Assim que nos despedimos da Dona Ricardina, ao meio dia começamos a caminhada. Neste momento a mochila cargueira nem parecia pesada, apesar da água, comida e equipamento para pernoite no Pico Queixo da Anta que está a 1.740 m de altitude.

Dentro da mata, subimos pela encosta íngreme até a parte rochosa. Ao atingir a crista da montanha, avançamos em direção a parte mais alta da pedra. Neste ponto já podíamos ver no horizonte o município de São José dos Campos.

Em seguida descemos, com corda, uma pequena encosta rochosa. Foram 2 horas de caminhada até a ponta da pedra. Então, preparamos o local do acampamento e café. Era começo da tarde e no horizonte se podia perceber que o poente seria magnífico.

Ao observar atentamente a serra, não pude deixar de admirar o formato peculiar da Pedra Bonita (2.120 m).

Com o sol se encaminhando para atrás da serra, havia chegado a hora de retornar a ponta da pedra.

Como um presente, bem abaixo na mata, do lado esquerdo da pedra, havia um bando de muriquis saltando no alto da copa das árvores. Com o zoom da máquina consegui gravar a movimentação da macacada.

Depois voltei minha atenção para o céu alaranjado. Graciosamente a silhueta do Queixo da Anta se refletiu na encosta ao lado. Na boa prosa ficamos vendo aquele espetacular pôr do sol.

Ao cair da noite, a lua nem incomodou o céu estrelado e as luzes de São José dos Campos e São Francisco Xavier.

Na manhã seguinte, aos primeiros raios do sol, as colinas ficaram todas iluminadas, clareando os morros menores no fundo do vale. Era o prenuncio de um dia de céu de brigadeiro.

Ao examinar minuciosamente até onde a vista alcançava, a oeste, ainda na sombra da serra, os eucaliptos mais altos indicavam a Pedra da Onça ou Mirante de São Francisco Xavier (1.950 m) e na elevação mais ao fundo a Pedra Partida (2.050 m).

Como é bom pousar nas montanhas da Mantiqueira!

Ao retornar, deixamos o local onde acampamos igual como o encontramos. O lixo que produzimos no acampamento foi trazido conosco para descarte em local apropriado.

Pedra do Forno – Gonçalves

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Que tal caminhar por uma trilha em mata preservada, encontrar samambaiaçus e no final, em um trecho de rocha, atingir o topo da montanha sem maiores dificuldades. No cume avista-se os campos e montanhas de Gonçalves, região de Campos do Jordão e Monte Verde.

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A Pedra do Forno está 1.970 metros de altitude onde encontra-se uma capelinha e um cruzeiro. Com tempo bom pode-se avistar a Pedra Bonita, Pedra do Baú, Pedra de São Domingos e Pedra Chanfrada.

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O retorno se faz pela mesma trilha conferindo mais uma vez a beleza natural do caminho. Em uma hora de caminhada retorna-se a 1.600 metros de altitude e parada estratégica para almoço num tradicional restaurante mineiro.

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Uma trilha fácil onde à caminhada é apenas um bom motivo para contemplar a natureza e degustar a saborosa culinária mineira.

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Local: Gonçalves / MG