Um Longuinho de Respeito

Hoje foi dia de enfrentar mais do que um treino no Parque da Cidade, em São José dos Campos – foi dia de resgatar limites esquecidos. A manhã começou fresca, com uma leve brisa, mas o verdadeiro desafio estava nos 11 km planejados dentro do parque. Cada passo nas trilhas somava esforço e determinação, cercado pela energia das árvores e pelo som dos pássaros.

O percurso alternava entre trechos de sombra e áreas abertas, exigindo foco e constância. A vista do lago era um breve alívio, mas o cansaço dava lugar à persistência, aquela força interior que empurra quando as pernas já querem parar. Quando os 11 km foram concluídos, a sensação de dever cumprido se transformou em uma decisão: ir além.

No retorno, somamos mais 12 km, totalizando 23 km – um “longuinho” de respeito. Esse treino não foi apenas uma preparação física, mas um lembrete de que as distâncias maiores, nas provas de rua e montanha, são conquistadas com esforço diário, garra e a vontade de ir sempre mais longe. Que venham as meias maratonas e os novos desafios nas corridas!

Eita Bicho Estranho – Pedalar é Preciso

Como pedalar é preciso, uma paradinha para observar um cavalo bravo.

Eita bicho estranho, esse tal de cavalo selvagem. Parece bicho homem, sensível e bárbaro. Muitas vezes de emoções fronteiriças, da cólera indomável ao amor sagaz. Impetuoso, corre livre até ser arrebatado pelo cansaço. Aparentemente esgotado é sem dúvida um corredor nato. Corre rápido e mais rápido, para ganhar de si mesmo. Ainda aprendendo a controlar as forças que tem. No tempo da teimosia vem a sensatez a galope. Percebe que a liberdade é efêmera. Assim, atado àquela grande árvore do mundo. Parada obrigatória para refletir sobre as transgressões, nem de todo mal, são vezes contraditórias, algumas fortuitas e poucas irrefreáveis. Uma luta constante para cavalgar no orbe do bem. Ao trotar busca o comedimento entre a alegria e a tristeza. Ainda preso na grande árvore tenta confessar porque tem que levar aquele fardo. Para falar a verdade, sente como é bom aquela sombra, o alimento da relva e os frutos que despencam do alto da folhagem da grande árvore. Que estranho aquela energia em tudo ajuntado. Afinal, dos sonhos a galope, ecoa o magnetismo e fica fácil zurrar de si mesmo. Eita bicho estranho esse tal de…

Corrida no Parque da Cidade – São José dos Campos

Que tal uma corrida no parque da cidade, em total contato com a natureza. Em caminhos cercados por espécies vegetais nativas, jardins, palmeiras imperiais, lagos, ilhas artificiais, bosques e presença de uma rica fauna silvestre. Um local privilegiado para a prática da corrida.

Com quase um milhão de metros quadrados o Parque da Cidade Roberto Burle Marx, também conhecido como Parque da Cidade de São José dos Campos, foi uma antiga fazenda da Tecelagem Paraíba, propriedade de Olivo Gomes com projeto arquitetônico de Rino Levi e paisagístico de Roberto Burle Marx.

Desde 1996 o local foi transformado em um espaço de lazer da cidade, tombado pelo Comphac – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural. A residência Olivo Gomes e os jardins de Burle Marx são tombados pelo Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.

Não tem como não correr feliz em um parque como este.