Na juventude da alvorada me levanto descansado. A barriga reclama por um reforçado café matutino. Com a mente desperta procuro a janela para ver a serra. Graças a cerração matinal só consigo ver as colinas na vizinhança.
No verde altivo da estrada vejo o céu azul e a encosta coberta por pinheiros. Sigo no aclive ligeiro. Estaciono. Procuro pelo sol que sacode a neblina. Vejo a floresta de pinheiros. Olho para o alto, me surpreendo com as coníferas à frente.
Agacho para conferir o solo pobre e seco. Procuro pelas pinhas ovaladas. Percebo uma floresta antiga de pinheiros escamosos. Ainda na sombra do frio matinal me aconchego para dentro da floresta. Solitário, no silêncio olho para o céu azul.
Chamamos as pinhas de cones em atenção ao nome coníferas. Não há flores e nem frutos. Neste dia não houve sonido entre as árvores. O vento ficou preso nas colinas ao longe. Se eu pudesse subiria no topo de um pinheiro para ver o horizonte.
Logo alcanço o topo da colina e busco apurar a vista. Entre os galhos e troncos vejo minha terra nativa. O dia azul destaca a urbe vertical. Soberana nos arranha-céus. O progresso não para. Observo a beleza da curvatura do Arco da Inovação.
Mas aqui dentro da floresta, ser pinheiro longevo é ser forte. Se o minuano chega farto, o pinheiro verga, mas não lasca. Da visão do interior, dá alegria ao caminho as coníferas de semente nua e do emaranhado dos troncos desgarrados.




