Presente, Passado e Futuro

“No início era apenas sonho, desejo e visão. Hoje uma realidade, que se renova de forma diferente, a cada nova missão. Esta foto representa o contínuo caminhar…. Em um trecho da Serra da Mantiqueira, do cume do Pico dos Marins, temos o Pico Marinzinho escondido a esquerda, com vista panorâmica da Pedra Redonda, Pico do Itaguaré, e ao fundo a majestosa Pedra da Mina.”

Quando chega dezembro, costumamos fazer um balanço no final do ano presente, que já é passado, e seguimos nos sonhos, desejos e projetos para um ano novo futuro.

“Como todo ano, este foi mais um piscar de olhos e já estamos a horas da virada.”

Gratidão por tudo que realizamos (passado) e também por aquilo que está pendente ou não fizemos, com a devida reflexão para seguir adiante (futuro).

Esperança, fé e amor, como um exercício contínuo, principalmente nos momentos difíceis, no propósito para uma vida de bem-aventurança (presente).

Mãos à Obra é arregaçar as mangas e pegar o touro pelos cornos, assim diz um amigo meu. De nada adianta sonhar se não realizar (presente).

A cada momento viva o presente. Acorde!

Olhe ao lado. Quem está ao seu lado? Sorria!

Você é um ser humano. Respire!

Nada ocorre por acaso. Confie!

Caminhar é preciso. Siga!

Feliz 2024!

Turbilhão do Mundo

Que turbilhão é esse? Chegou como um ciclone nunca antes visto. Corre intenso em todas as direções. Chegou do oriente, pelos ares e mares. Aos olhos do turbilhão parece enfurecido e vingativo. Em terras onde se vê calamidade por todos os cantos e ao mesmo tempo alegria nos corredores do rio que canta. Parece que se encanta, mas na essência caminha para a autodestruição. Também grita pedindo socorro. Rema contra a maré dos bons costumes. Dá sinais de deturpação, mas há um clamor de prece escondida. Como um tufão, está calmo no centro, mas altamente destrutivo ao redor. Parece que vivemos revelações, penas e perdão. Em outras terras, mais distantes, os mares também não estão para peixe. É um sistema destruidor. Nos últimos tempos, os satélites haviam capturado imagens impressionantes destas tempestades, mas muitos incrédulos esperaram para ver. Outros aguardaram sedentos por este temporal violento. Mas como em toda tempestade, em alguns dias ela perde força e desaparece. Nesse caso, alguns meses, anos, décadas, quem sabe? Por certo, o mundo está num turbilhão de egrégoras que concentram forças vibratórias contraditórias. Sendo assim, devemos vigiar as nossas ações, pensamentos e sentimentos nesse turbilhão do mundo.

Além do Horizonte – Farol da Juatinga

Numa tarde nublada de mar virado, chegamos na comunidade e farol Ponta da Juatinga. Montamos acampamento. Preparamos café da tarde, e depois o rancho, antes da chuva noturna.

Passamos uma noite sem ventania. Amanheceu ensolarado e praticamente sem nuvens.

Examinamos a costa escarpada na tentativa de observar algum trecho da travessia sentido Cairuçu – Laranjeiras. De volta ao farol, constatamos um oceano imenso, com o sol nascendo bem ali no horizonte.

Com acampamento desmontado, descemos na comunidade para esperar o resgate, o Rei Davi. Tivemos tempo para prosear com os meninos no cais e pescadores que estavam preparando a rede de pesca.

Uma bela manhã de domingo. Diferente do dia anterior, o mar estava novamente uma calmaria, parecia uma grande lagoa durante o trajeto até Parati Mirim.

P.S.: ver post 1 e post 2.

Além do Horizonte – Pico do Miranda

Vejo na mata fechada uma terra elevada. Assim, pela manhã seguimos a trilha em subida constante. Na vertente ascendente as árvores se agigantaram.

Após muita subida, alcançamos uma grande pedra. Na trilha a esquerda subimos uma rampa mais íngreme, chegando numa crista rochosa, o Pico do Miranda.

Observe que a praia Pouso da Cajaíba está escondida na reentrância. Subindo o rochoso mais a frente, a direita descortinamos a belíssima Enseada da Cajaíba.

Ao olhar para trás, aparentemente distante, bem ao fundo, quase não notado, a península da Ponta da Juatinga, nosso próximo destino.

Completando este giro panorâmico, do lado esquerdo avistamos a praia Martim de Sá, de onde partimos pela manhã.  

Após uma hora no pico, descemos sem parada até a praia, desmontamos acampamento e partimos para a comunidade e farol Ponta da Juatinga

P.S.: ver post 1 e continua no post 3.

Além do Horizonte – Martim de Sá

Vejo terras além do horizonte, mas é preciso se aventurar em mar aberto. Então, embarcamos no Rei Davi para chegar em terras distantes.

Entre nuvens e céu azul, o Saco do Mamanguá ficou para trás, e fomos além. Logo chegamos em águas tranquilas. Estava uma calmaria naquele canto da enseada.

Aportamos no Pouso da Cajaíba. Ao som de um blues mental, tomei café sem pressa. Ajustamos os equipamentos para então iniciar a subida do morro.

No meio do morro, um mirante. Paramos para contemplar aquela imensidão azul, envolto numa densa mata verde. 

Ao som de “The Thrill is Gone”, toquei na areia do outro lado. Admirei o mesmo mar, mas estava diferente. A emoção não se foi, haha, apenas sorri.

Novamente me senti em casa ao retornar no camping do Maneco.

Montamos abrigo e fomos explorar o riacho da Boca da Cachoeira que desagua no canto escondido da praia Martim de Sá.

P.S.: continua no post 2.

Terra Escondida

Me aventurei numa terra escondida, desconhecida, ainda sem nome. A primeira vez que a vi, examinei com atenção. Além de um rochoso, as pedras na encosta da montanha confirmaram os mirantes naturais.

A mesma terra escondida que quando criança imaginava uma grande parede, contínua, sombreada e distante. Logo depois fui aprender que era uma grande cadeia montanhosa, chamada de Mantiqueira.

Significa “serra que chora”, nome dado pelos indígenas, graças as nascentes que descem pelas encostas da serra organizando riachos e afluente rios, até formar o rio Paraíba do Sul no Vale do Paraíba.

Nesta parte de terra escondida da serra, não a vi chorar. Seus minadouros estão bem abaixo na vastidão da sua extensão. Pousei ao lado de um rochoso, enviesado para o sul de minas, abrigado da ventania que vem do vale.

Em terra escondida não se engane, mesmo os mais experientes desbravadores, são fustigados pelo jângal, que arrebata sua energia e pensamentos. Limpa sua mente de tal forma que até fica desorientado.

Tempo de Dias Melhores

” Se tudo parece um caos é porque ainda não atingimos um nível de consciência planetário elevado. A realidade é quase virtual. Ainda sofremos de uma ressaca das virtudes e valores onde a verdade custa aparecer.”

” A depuração leva tempo.”

A tempestade extratropical chegou dos extremos. Avassaladora! Chega em vórtices e frio provocando elevações no mar. O ar húmido se condensa. Agora é tempestade tropical. Momento para estar em terra firme, se abrigar. É preciso recolhimento e agir com mansidão.

Lá fora, em um extremo, frio e umidade, no outro, calor e seca. Será que atingimos os dias mais frios do ano? Alguns lugares os termômetros registram zero, em outros, com ventos extremos, a sensação térmica é abaixo de zero. Na verdade, está menos frio. 

A orientação da defesa civil é que a população fique atenta e de prontidão. Desligue os televisores das tomadas. Feche as janelas para os ciclones. Chame a defesa civil ou o bombeiro em caso de riscos. Evite acidentes pois a catástrofe está a deriva. Não deixe isso acontecer.

Acredite, dias melhores virão!

Enseada da Cajaíba

” Em 2021 exploramos todas as trilhas no Saco do Mamanguá. Já no início de 2022 começamos pela Enseada da Cajaíba e Ponta da Juatinga.”

De Parati Mirim, numa pequena embarcação e manhã ensolarada, seguimos em direção à Praia Grande da Cajaíba.

O mar estava bem agitado depois do Saco do Mamanguá, que se acalmou ao chegar na praia grande. Confesso que contei os minutos até pisar novamente em terra firme.

Tocamos a praia grande ao meio dia. Paramos para almoço e seguimos na travessia da Praia Grande da Cajaíba até o Pouso da Cajaíba.

Sem pressa, apreciando a paisagem, atravessamos passo a passo, sentindo o calor da areia daquela praia selvagem, batizada de Itaoca.

Na sequência, chegamos em Calhaus, praia e pequeno vilarejo protegido por pedras da encosta ao mar. Logo, gastamos um dedo de proza com caiçara que restaurava sua rede.

Ao chegar em Itanema, antes da praia, parada em um poço para banho e descanso debaixo de um grande chapéu de sol.

Acenamos aos moradores das poucas casinhas na praia. Subimos a última encosta até nosso destino final, a praia Pouso da Cajaíba.  

Caminhamos a tarde toda, mas ainda havia tempo de sobra para apreciar o entardecer no Pouso da Cajaíba. Depois seguimos a procurar o Mar do Caribe.

Pedra das Araras

” Após ter feito a travessia Saco do Mamanguá-Vila do Oratório duas vezes, sendo, uma vez em cada sentido. Agora, explorando a Enseada da Cajaíba e suas Pedras.”

No segundo dia, logo cedo subimos uma hora de caminhada em direção ao interior da vila. Do alto do Pouso da Cajaíba, avistamos uma panorâmica do mar.

Chamaria esse local de “Trilha Ossada da Baleia”, dado que encontramos uma vertebra de baleia próximo a uma gigantesca pedra em formato de baleia.

De volta a praia, um cafezinho na padaria e seguimos até o mirante da Pedra Frutada. Não tem nenhuma indicação, então perguntando aqui e ali, chegamos lá. Linda vista!

Depois fomos prosear com o Sr. Zaqueu sobre a Pedra das Araras. Uma trilha que pode ser confusa, com algumas bifurcações e matagal arranha-gato.

No topo da Pedra das Araras descobrimos uma visão de uma imensidão de mar a perder de vista.

Nos deparamos também com toda a extensão da Enseada da Cajaíba, da praia Grande até o Pouso, e a escondida praia Toca do Carro.

Como a ventania estava forte, carregou bastante nebulosidade até a encosta, deixando tudo esbranquiçado.

Após horas na Pedra das Araras, a descida foi rápida até o Pouso. Já era meio da tarde quando paramos no Mar do Caribe.

Para fechar o dia, no final da tarde, fomos agraciados com aquela água doce escorrendo da rocha até a areia amarela, ao encontro da pequena praia, de mar azul-esverdeado, a belíssima Toca do Carro.

Ponta da Juatinga

“No verão caminhamos no litoral, escolhemos a dedo dias sem tempestades, apesar que não tem como escapar do calorão e alta umidade. Desta vez na Ponta da Juatinga.”

No penúltimo dia, ao alvorecer, café da manhã reforçado para um longo dia de caminhada. Partimos em direção à praia da Sumaca, subindo a trilha para Martim de Sá. Uma trilha em mata atlântica.

Bem no alto da serra desviamos na trilha a esquerda. Além da beleza da mata primária com enormes árvores e alguns regatos, avistamos animais silvestres como um bando de Quatis.

Cuidado! Na praia da Sumaca tem correnteza nos cantos da praia e grandes ondas. Na areia encontramos uma Caravela. Apesar da aparência bela, é um animal marinho perigoso, que provoca queimaduras se tocar em seus tentáculos.

Ainda na praia, após as grandes pedras, encontramos uma fonte de água doce. Não é uma ducha fácil de entrar, devido ao pouco espaço. No caminho d’água forma duas pequenas banheiras naturais, e depois flui agilmente até o mar.

Depois seguimos na trilha até a Ponta da Juatinga, com algum panorama das encostas. 

Na vila caiçara Ponta da Juatinga, ficamos observando as crianças brincando no mar, até a chegada da Vitória, uma jovem barqueira nata, para nos levar de volta ao Pouso da Cajaíba.

No dia seguinte, uma grande nebulosidade revestiu o céu desde a Ilha Grande até a enseada. Do barco nos despedimos daquele pequeno paraíso.

Em mar plano e calmo alcançamos Parati Mirim, e demos início ao retorno para casa.