Era do Gelo – Patagônia

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A origem de um glaciar ou geleira se dá onde a neve se mantém ao longo de anos e anos de precipitação. A neve acumulada se comprime em seu próprio peso e assim perde o ar entre os cristais de gelo, formando grânulos cada vez maiores e compactos. À medida que esta compressão vai eliminando as partículas de ar, a neve se transforma em um tipo de gelo translúcido, até formar o gelo glaciar de coloração azulada.

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Os glaciares originam das glaciações que são acontecimentos climáticos cíclicos que se estendem por milhares de anos, onde a baixa temperatura e umidade produzem um acentuado aumento da massa de gelo. Somos expectadores dos efeitos da última glaciação (era do gelo), que ocorreu há cerca de 110 mil anos, o que em termos geológicos, é um breve lapso do tempo.

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O permanente movimento de uma geleira, as vezes, parece imperceptível. Como se originam em altitudes mais elevadas o efeito da gravidade atua na conformação de rios de gelo que descem as montanhas. A grande massa de gelo busca seu destino como se fosse um curso d’água terminando em lagos ou oceanos.

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Os glaciares são um dos maiores responsáveis pela formação de inúmeras paisagens em nosso planeta. Após o retrocesso natural da última glaciação, surgiram grandes depressões que foram inundadas pelas águas do degelo, formando grande lagos, inúmeros canais e fiordes. Na compressão de milhares de toneladas de gelo formaram vastas planícies e extensos vales. Toda a geografia da Terra foi afetada pela ação das geleiras.

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Os glaciares são santuários naturais onde a preservação é o mínimo que devemos ter quando os visitamos. São regiões que protegem e conservam características naturais de uma rica fauna e flora. Uma paisagem selvagem e deslumbrante.

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Então temos trilhado por caminhos da última era do gelo em meio às montanhas, vales, bosques, desertos e lagos. Algumas vezes os caminhos se mostraram difíceis e perigosos devido às intempéries; E assim tivemos que recuar ou esperar. Em outros momentos o caminhar foi lento para garantir uma chegada segura.

Caminhar é preciso…

Torres del Paine – Patagônia Parte 2

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Saímos de Los Perros ao amanhecer, caminhando por um bosque totalmente encharcado. Em seguida iniciamos uma longa subida entre pedras e campos de gelo até o Passo John Gardner.

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Com o vento forte e chuva gelada foi difícil registrar fotos. Apesar da sensação de temperatura abaixo de zero e cansaço, uma alegria e respeito imenso nos atingiu quando avistamos o campo de gelo Patagônico Sul. Imponente, magnífico!

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O clima voltava a mudar e a partir deste ponto a trilha desceu a montanha entre árvores totalmente deformadas pela ação dos ventos, chegando ao El Paso. Hora de montar acampamento, preparar comida quente, vestir roupas secas e dormir quase doze horas.

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No dia seguinte caminhamos entre bosques e ravinas, hora subindo hora descendo, e tendo a vista do campo de gelo e do glaciar Grey ficar para trás. Chegando no refúgio Grey prolongamos o descanso por causa da chuva.

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Seguimos na caminhada e paramos para repor as energias e descansar no refúgio Paine Grande antigo Pehoe. Momento fotográfico com uma visão estonteante do lago azul turquesa.

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O final foi bastante desafiador devido as chuvas torrenciais, baixa temperatura e vento forte até chegarmos ao acampamento Italiano.

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Nada como um dia depois do outro. Amanheceu ensolarado e céu de brigadeiro! Um dia todo de caminhada no Vale Francês. Espetacular!

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Valeu cada passo percorrido…. Cada palavra de incentivo, coragem e perseverança dos amigos!

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Última parte desta aventura em breve.