Sobre Rochas – Pico dos Marins

” Sobre rochas eu ando. Não importa se arenito, basalto ou calcário. Também pode ser granito, quartzito ou até dolomito. Mas especial mesmo é o Filito, Sienito e Xisto. Quem é quem, não sei muito bem, mas eu garanto que caminho sobre rochas. “

O trekking para subir o Pico dos Marins é considerado de dificuldade média-pesada. Como a subida não requer equipamentos de escalada é denominada escalaminhada, ou seja, nos pontos mais difíceis será necessário o uso das mãos em rochas ou arbustos, tanto na ascensão quanto na descida. O uso de cordas pode facilitar em alguns pontos da trilha. Em outros aproveita-se as fendas e agarras, use o máximo da aderência das mãos e pés.

Como sempre, é bom estar acompanhado com alguém experiente para dar dicas, principalmente se é a primeira vez na rocha. Prepare-se para viver uma experiência única. Sentir na pele o esforço físico. Dizer que o coração vai sair pela boca. Dos músculos doerem após passarem dias da caminhada. A sensação pode ser fascinante ou horrível. Estar mentalmente positivo ajuda bastante. Por isso, caminhar sobre rochas não é para qualquer um. 

Asa de Hermes – Parque Nacional de Itatiaia

A parte alta do Parque Nacional de Itatiaia é um local para a prática do montanhismo onde estão localizadas diversas trilhas e vias de escalada em picos com mais de 2.400 metros de altitude. Desta vez seguimos em direção a Asa de Hermes.

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Esta formação rochosa, que de longe, parece com a asa do deus Hermes. Na mitologia grega Hermes era filho de Zeus e da ninfa Maia, cujo nome de origem provavelmente significa os montes de pedra usados para indicar os caminhos. Entre suas várias atribuições incluíam-se as de mensageiro dos deuses. Era representado com um chapéu alado e asas nos pés.

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Partindo do Abrigo Rebouças, percorremos pelo mesmo caminho de acesso ao Pico das Agulhas Negras até uma placa indicando bifurcação à esquerda. Na sequência uma nova bifurcação marca o caminho à direita para a Asa de Hermes.

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O caminho segue paralelo ao córrego Agulhas Negras e o maciço de Itatiaia. No final a trilha atravessa um charco à direita e segue numa curta subida pela rocha. A partir deste ponto alguns totens de pedra sinalizam o caminho.

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Contornando a esquerda por entre arbustos e pequenas árvores se avista grandes blocos de rocha entre o maciço das Agulhas Negras e a Asa de Hermes. A partir deste ponto a trilha se transforma numa “escalaminhada”. Necessária atenção na navegação para passar com segurança entre as rochas.

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Após a transposição por cima ou debaixo de grandes rochas avista-se o outro lado do maciço. Aqui se desce um pequeno platô para contornar e subir uma última vegetação à esquerda. Deste ponto se margeia pela direita até atingir o ponto onde a “escalaminhada” se torna mais técnica.

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Neste momento atenção na “escalaminhada” para subir a face leste do maciço. Depois é caminhar nas canaletas rochosas até alcançar a Asa de Hermes.

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Surpreendente o tamanho da pedra que desta posição pouco se parece com a asa do deus Hermes. Desta posição temos uma visão parcial do lado oeste do parque nacional com a Pedra do Altar e Morro do Couto mais ao fundo.

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Pico das Agulhas Negras – Parque Nacional de Itatiaia

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O Pico das Agulhas Negras é um dos cumes mais alto do Brasil a 2.792 metros de altitude. Em Tupi Guarani, Itatiaia significa pedras pontiagudas que representam o formato de agulhas.

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Saindo bem cedo sentido Rio de Janeiro, desviamos na Garganta do Registro e seguimos por estrada de terra. A partir desde ponto a paisagem se transforma. As matas dão lugar aos campos de altitude formado por rochas e vegetação rasteira.

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Um lugar especial repleto de montanhas cuja temperatura no inverno chega facilmente abaixo de zero. Em junho de 1985 ocorreu algo inusitado, uma intensa e memorável precipitação de neve cobriu o maciço de Itatiaia. Em geral, no inverno, os dias ensolarados enganam os menos avisados, pois nesta altitude e frio e vento são cortantes.

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A partir da portaria do parque nacional seguimos a pé por uma estradinha até o início da trilha. Deste ponto já temos uma magnífica visão da montanha. A caminhada avança em direção ao maciço rochoso e avistamos as Prateleiras ao fundo.

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Após atravessar um regato de água cristalina, o caminho em aclive se intensifica numa subida de aproximadamente mil metros em direção ao cume. Deste ponto a “escalaminhada” fará parte do desafio.

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Local: Parque Nacional de Itatiaia / RJ