Vale do Silêncio – Patagônia

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Iniciamos a subida em direção ao Vale Ascencio e me vinha à lembrança que o Paso de Los Vientos estava próximo. Realmente as fortes rajadas de vento nos deixaram alerta na descida ao Refugio Chileno.

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Degustamos algumas amêndoas e descansamos para subir em direção ao acampamento Torres. Para nossa alegria o acampamento não estava cheio e conseguimos um bom local para montar as barracas e preparar o jantar.

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Como o dia patagônico é longo, eu e mais um amigo resolvemos explorar o Vale do Silêncio. A estratégia foi avançar até duas horas de caminhada, controlando o horário de retorno para estarmos de volta ao pôr do sol.

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Iniciamos a trilha margeando o rio Ascencio dentro de um típico bosque patagônico. Encontramos inúmeras “lengas”, uma espécie arbórea, derrubadas pelo vento. Na caminhada tranquila chegamos ao acampamento Japonês que é usado por escaladores.

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A trilha avançou sobre uma encosta entre pedras soltas até atingir um caminho nivelado. Todo este trecho contornou o Cerro Nido de Condor. Para nossa surpresa encontramos uma belíssima flor naquele lugar inóspito.

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Ao adentrar o Vale do Silêncio, o isolamento do lugar é tomado por uma visão de montanhas nevadas e um rastro do degelo indicado por grandes faixas de pedras.

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À primeira vista temos o Cerro Tridente e depois os gigantes Cerro Escudo e mais à esquerda o Cerro Fortaleza. O vale se fecha como um grande anfiteatro tendo às costas de Torres del Paine escondidas à esquerda.

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Com o anuncio do pôr do sol refletindo nas montanhas e um vento gelado assolando nossa resistência, havíamos chegado ao nosso limite.

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Assim garantimos o resto da luminosidade daquele dia para retorno com segurança ao acampamento Torres.

Flores da Montanha – Parque Nacional de Itatiaia

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Um final de semana especial na região elevada do planalto de Itatiaia, entre caminhadas e pela riqueza florística dos campos de altitude.

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O Parque Nacional do Itatiaia se destaca pela Floresta Ombrófila Densa ou Floresta Pluvial Tropical e na parte mais elevada do planalto ocorrem os Campos de Altitude.

Uma curiosidade, o termo Ombrófila, de origem grega, como Pluvial, de origem latina, ambas significam “amigo das chuvas”.

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Além do predomínio de gramíneas, também ocorre grande número de bromélias, orquídeas, cactos e líquens.

A flora dos Campos de Altitude é considerada extremamente especializada para suportar o frio do inverno e ventos constantes.

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Os campos e arbustos são substitutos da floresta a partir de 1.600 metros de altitude, quando as condições ambientais não permitem a evolução de árvores. Tudo dentro de um relevo intricado entre vales, grotas e vertentes de grandes variações de altitudes e temperaturas.

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Esta verificação ocorreu em um final de semana de maio quando as temperaturas entram em declínio gradual com o fim do outono e chegada do inverno.

O caminho percorrido nos levou ao Morro do Couto que está entre as dez maiores elevações rochosas brasileiras.

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“A natureza é perfeita. As árvores podem estar retorcidas de um modo estranho ou faltarem pétalas na composição de uma flor. No final das contas a natureza é sabia em suas revelações.”

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Tempo de Travessia

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“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Pessoa

Serra dos Poncianos – São Francisco Xavier Parte 2

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A trilha seguiu a crista num pequeno declive e nivelou após trinta minutos de caminhada. Na bifurcação dobramos a direita numa descida de quase cem metros em altitude. Então passamos uma pequena clareira que parecia uma cocheira de gado e mais adiante cruzamos um pequeno riacho.

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Margeando o riacho à esquerda por mais algumas dezenas de metros subimos a mata direção sudoeste. A subida dentro da mata mostrava inúmeras trilhas falsas de caminhos deixados pelo gado solto na serra. Subimos o morro até encontrar um terreno mais rochoso, forte indicativo de estarmos chegando ao topo.

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Contornando à direita atingimos uma visão do horizonte onde encontramos o mirante a leste, local de onde partimos. O topo estava logo acima. Deixamos as mochilas numa pedra e subindo mais à direita contornamos uma encosta rochosa mais exposta. Em minutos atingimos o topo da Pedra Partida a 2.050 metros de altitude.

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Naquela tarde ensolarada uma densa massa de nuvens brancas tentava atravessar aquela parte da serra. O mar de nuvens subia e se dissipava lentamente mais a oeste com a visão da Pedra Redonda e mais ao fundo o Pico do Selado, apenas um ponto escuro quase desaparecido entre as nuvens.

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Após uma hora contemplando aquele espetáculo da natureza retornamos ao mirante para acampamento. Fomos surpreendidos com um magnífico entardecer de um pôr do sol esbraseante.

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Torres del Paine – Patagônia Parte 3

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Saímos bem cedo do camping Italiano. A caminhada seguiu descendo até o Lago Nordenskjold.

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Nesta etapa a trilha alternou colinas e passagem de riachos até iniciar uma longa subida em direção ao Paso de Los Vientos e descida ao refúgio Chileno. Após descanso subimos em direção ao acampamento Torres localizado dentro do Vale Ascencio.

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Como amanheceu um dia nebuloso resolvemos ficar no acampamento e fazer um almoço especial aproveitando todas as sobras de comida. Foi uma prévia da celebração que faríamos no retorno a civilização.

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Naquela tarde seguimos confiantes e determinados em subir a montanha para ver as torres. Para nossa surpresa, mais uma vez o microclima mudou a paisagem local e fomos presenteados com as Torres Del Paine totalmente descobertas. Momento de contemplação e agradecimento!

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No dia seguinte, com a sensação de dever cumprido, levantamos acampamento, fizemos as mochilas e seguimos montanha abaixo onde pegamos uma van e depois um ônibus para retorno a Puerto Natales.

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Estávamos completamente exaustos mas imensamente realizados! Todos são e salvos, apesar de algumas bolhas nos pés e dores musculares.

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Como que saindo de um transe…. Mergulhamos em nossos medos, respeitamos a grandeza daquele lugar e fomos além dos nossos limites. Já não éramos mais os mesmos, nossos corpos estavam doidos e nossas mentes despertas! Um estado de consciência do verdadeiro Ser.

Veja também a parte 1 e parte 2 desse post.

Pico Queixo da Anta – São Francisco Xavier

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O Pico Queixo D’Anta ou também como é conhecida na região, Serra do Queixo da Anta ou Focinho da Anta, tem o maciço rochoso em destaque na típica paisagem da Mantiqueira.

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Em direção a São Francisco Xavier e próximo ao bairro dos Remédios, saímos do asfalto por uma estrada de terra até uma propriedade particular onde temos acesso à trilha. A serra do Queixo da Anta está na divisa com o município de Sapucaí Mirim – MG.

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A trilha começa em terreno pouco íngreme em mata aberta, e vai ficando mais fechada na medida em que subimos a encosta da montanha. Em meia hora de caminhada é bom repor água no cantil para não faltar quando a trilha ficar mais íngreme no trecho final.

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Na subida forte vamos passar por tocas de pedra e bromélias, chegando à parte da trilha de pedra. Na parte final paramos para descansar e tirar fotos no primeiro mirante onde podemos apreciar uma vista dos bairros de Santa Bárbara, Remédios e Morro do UHF.

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Em seguida, seguimos em direção ao Focinho da Anta, o ponto mais alto da pedra, a 1.740 metros de altitude. Deste ponto avistamos uma paisagem privilegiada da Serra da Mantiqueira, com vista para São Francisco Xavier, Serra dos Poncianos e o município de São José dos Campos – SP.

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Local: São Francisco Xavier / SP

Morro do Couto – Parque Nacional de Itatiaia

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Saindo de madrugada seguimos sentido Rio de Janeiro, desviamos na Garganta do Registro e seguimos por mais 17 km em estrada de terra. Este acesso é conhecido como a parte alta do Parque Nacional do Itatiaia. A partir desde ponto a paisagem muda, e conforme subimos as matas darão lugar aos campos rupestres compostos por rochedos e vegetação rasteira.

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Um lugar ímpar de montanhas cuja temperatura no inverno chega abaixo de zero. Os dias ensolarados enganam os menos avisados, pois nesta altitude e frio e vento são constantes. Uma região que já esteve coberta de neve mais de uma vez.

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A partir da portaria do parque seguimos a pé por uma estradinha até o início da trilha. Deste ponto já temos uma bela visão da montanha que nos espera. Em três horas de caminhada e após uma “escalaminhada” final, alcançamos o cume.

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O Morro do Couto está a 2.680 m de altitude com uma extensão de cinco quilômetros. Neste caso o acesso ao topo é pelo lado direito da montanha passando por duas antenas.

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Do topo tem-se uma vista incrível de vários picos do Planalto de Itatiaia. Podemos avistar a Pedra do Altar, Pico das Agulhas Negras, Pico das Prateleiras e Pedra da Tartaruga.

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Local: Parque Nacional de Itatiaia / RJ

Torres del Paine – Patagônia Parte 1

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As oportunidades são tesouros. Pela segunda vez estava iniciando uma longa jornada em um dos lugares mais espetaculares do nosso planeta Terra. Após dois dias e meio, entre aviões e ônibus, atravessando a fronteira da Argentina para o Chile, chegamos ao destino inicial de um trekking de oito dias pelo circuito completo do Parque Nacional Torres del Paine.

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A expectativa era grande dos seis amigos. Ao meio dia, saindo do acampamento Las Torres, iniciamos a travessia no sentido anti-horário. Uma trilha tranquila onde fomos contemplados por horas a fio caminhando em campos repletos de margaridas, margeando o rio Paine.

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O pernoite no acampamento Seron foi o primeiro indicativo dos ventos fortes e um frio de quebrar ossos. No segundo dia além das curvas de nível acentuadas, uma chuva fraca brincava com a ventania. As colinas em aclive margeavam e contornavam o Lago Paine que escondia o aconchegante refúgio Dickson. À primeira vista, esta paisagem descreve o cartão postal de um refúgio dentro de um bosque, margeado por um belíssimo lago e um glaciar mais ao fundo.

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Após um merecido descanso subimos em direção ao acampamento Los Perros. A chuva gelada caia suavemente. O corpo doido se alegrava com a primeira visão das várias geleiras do caminho, o Glaciar Los Perros.

Continua nos próximos posts, parte 2 e parte 3.

Caminhos Percorridos – Adamu Trekking

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21 de dezembro de 2012, e assim continua a caminhada! Para muitos uma data qualquer, para outros uma ansiedade equivocada do fim do mundo. De acordo com o anuário maia, esta data marca apenas uma mudança de ciclo que foi iniciada há 5.125 anos. Na visão do mundo maia temos a união da mãe terra e os corpos celestes num calendário circular, que termina em si mesmo, e assim inicia um novo ciclo. Esperança que se renova na reflexão, na missão, na jornada pelo planeta. Espero que o caminho do autoconhecimento nos mantenha lúcidos e atentos. Que os momentos de oração e meditação possam despertar nossa consciência. Que a verdade prevaleça!

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31 de dezembro de 2012, mês de renovação! Segundo o calendário gregoriano, é apenas o último dia do mês que fecha o último dia do ano e começo de mais um dia. É o exercício de um novo ciclo na esperança em dias melhores. Então que a necessidade prevaleça sobre o ego dos desejos intermináveis. Assim a caminhada se desenha em linhas concretas como aquela traçada em nossa vida pretérita.

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21 de janeiro de 2013, hoje é difícil dizer se foram os caminhos percorridos que nos trouxeram até aqui, ou se a nossa missão nos fez desenhar este caminho. O processo em que estamos todos envolvidos nos permite aventurar por novas trilhas. Acompanhar este site é caminhar junto, alegrar com a vitória passageira, aprender com nossos fracassos, superar limites e respeitar todos como sendo um. Brincar com as palavras e imagens como num processo de autoconhecimento. Vivenciar experiências e interagir com a natureza na certeza da nossa evolução. Então vamos às montanhas, trilhas e corridas!