A Montanha Mais Alta – Sapucaí Mirim

“Quando se sobe a montanha mais alta da região e se vê tantas outras, percebe-se quão vasta e majestosa é a Serra da Mantiqueira ao redor. ”

Logo na estrada, ao amanhecer, já avistamos a belíssima formação rochosa do complexo do Baú, com vista das três pedras – Ana Chata, Baú e Bauzinho.

Desta vez nosso objetivo final foi a Pedra Bonita, também conhecida como Pedra do Campestre. É o ponto mais alto de toda região na divisa entre os municípios de Gonçalves e Sapucaí Mirim no extremo sul de Minas Gerais.

A partir dos dois mirantes até o cume, a 2.120 m de altitude, em dia de boa visibilidade e com alguma paciência, é possível avistar uma dezena de pedras, montanhas e serras…

Como as Pedras do Forno, da Balança, da Divisa, do Baú, e Pico São Domingos. 

Observando atentamente, logo atrás do Baú, a silhueta do maciço Marins-Itaguaré, e quase desapercebido a Serra Fina, com destaque para o pico da Pedra da Mina. 

Ainda na Mantiqueira, os Picos Agudo e Trabiju, e Serra dos Poncianos.

Por Gonçalves são 8 km de trilha, enquanto que por Sapucaí Mirim são 10 km.

Um Espetáculo Efêmero da Vida

O Samurai

“ Entre todas as flores, a flor de cerejeira.

Entre todos os homens, o guerreiro. ”

Ditado japonês

Tudo começou em um passado distante onde os japoneses subiam as montanhas durante a primavera para adorar estas árvores sagradas, consideradas portadoras da alma dos deuses da montanha, pois das pétalas caídas que viajavam até os campos de arrozais, traziam alegria, paz, beleza, renovação, esperança e a percepção da efemeridade.

As flores de cerejeira (Sakura), possuem pétalas delicadas, de cor variada, branco à rosa claro e escuro, até amarelo, como também, variação de formato, quantidade e tamanho das pétalas, em centenas de espécies, e nem todas possuem fruto. Possui um aroma floral macio, sendo matéria prima para a indústria dos perfumes. São flores comestíveis e ingrediente para vários pratos e sobremesas.

Na cultura japonesa a floração da cerejeira é um espetáculo efêmero da vida. São cerca de duas semanas entre o desabrochar e o auge da beleza e força, em no máximo três dias de existência. Por isso, a cerejeira foi um símbolo na época dos samurais, comparado a curta duração das flores à breve vida dos guerreiros. Daí outro significado importante, do viver o momento presente.

A contemplação das flores de cerejeira (Hanami), é uma tradição e acontecimento nacional que se transforma em festividade, mobilizando milhões de japoneses atentos ao início da florada das cerejeiras.