Aranha Pescadora

Aranha encontrada com certa facilidade nas pedras de riachos e cachoeiras. Algumas impressionam pelo tamanho. De cor amarronzada, ficam bem camufladas nas rochas. Como curiosidade elas correm sobre água parada e possuem oito olhos. 

Conhecida como aranha-pescadora ou aranha d’água, estava num canto sobre o chão de pedra de um riacho na região de Delfinópolis, Serra da Canastra. Apesar da minha aproximação a aranha não se mexeu. 

Da família Trechaleidae, são 117 espécies distribuídas em 16 gêneros, sendo esta do gênero Trechaleoides biocellata.

Coração Andarilho

Após parada obrigatória, o coração andarilho volta a bater forte. No túnel do tempo das lembranças, de muita andança…

Por tantos caminhos, trilhas e rotas. Muitas missões possíveis, algumas intrincadas, outras tolas, e tantas peripécias. Brilho no rosto, sorriso estampado. Espinhos pelos caminhos. Desvios, enganos, erros, mudanças de rumo. A dor é inevitável durante o percurso. Sempre com gente boa, amigos, vizinhos e camaradas de longa jornada. Algumas vezes solo, em outras solitário nos pensamentos oportunos. Gratidão pela trajetória itinerante. Como um passante, repetida vezes ou na primeira chance, a magia está sempre presente naquilo que o andarilho vê. Nas cores da alegria, na esperança da liberdade verdadeira. Buscando coragem frente ao desconhecido. Um viajante fugitivo que logo se encontra consigo mesmo. Apaixonado pela trajetória. De espírito aventureiro, um caminhante autêntico. Também conhecido como mochileiro, andarilho.

Nascente da Água Quente – Serra da Canastra

Após travessia no Parque Nacional da Serra da Canastra, era hora de relaxar e trilhar por caminhos em busca de novas cachoeiras. De volta a Delfinópolis, descobrimos riachos de água cristalina e uma nascente de água quente, na Fazenda da Dona Maria Concebida. Distante cerca de 22 km de Delfinópolis a sinalização era precária na estrada de terra.

ROTA DE ACESSO

A primeira rota, no entroncamento a direita, segue a indicação das placas, entra a esquerda, e estaciona no final da estrada. Atravessa a pinguela e caminha por uns 2 km até a entrada da fazenda. A segunda rota, no entroncamento a esquerda, é para quem tem 4×4 atravessar o rio Santo Antonio, se o nível da água não estiver alto. Após o rio, a direita na estrada por 3 km até a entrada da fazenda.

Dentro da fazenda, a trilha é curta até as piscinas naturais. A cachoeira da Maria Concebida fica na parte mais elevada do percurso e abaixo ficam os Poços do Açude e a Nascente da Água Quente. A grande revelação foi a nascente. Por uma trilha molhada, caminhamos as margens de um riacho até um poço. Um recanto de água clara esverdeada.

NASCENTE DA ÁGUA QUENTE

Além da beleza natural, quase desapercebido, na margem esquerda sob a sombra da mata ciliar, um cano encaixado nas pedras deixa escorrer uma ducha de água abundante. Embaixo, abrigado por pedras, um pequeno tanque se enche d’água, perfeito para ficar sentado debaixo da ducha. Um contraste de temperatura bem evidente entre a água da nascente e aquela do poço. Muito agradável ficar se banhando entre a água fria e quente.