Lagoa Dourada – Parque Estadual de Vila Velha

Denominada Lagoa Dourada visto que em certas horas do dia, devido ao reflexo do sol, sua superfície reflete uma cor dourada. A lagoa Dourada é uma furna assoreada por sedimentos da evolução do terreno na região dos campos Gerais, Ponta Grossa estado do Paraná.

A datação de restos vegetais em 12 metros de espessura de sedimentos, no fundo da lagoa, indicou 11.700 anos. Considerando que a profundidade de outras furnas atinge 50 metros de sedimentos, então é possível que a lagoa seja muito mais antiga.

A lâmina d’água da lagoa chega a 5,5 metros de profundidade, ela tem formato elíptico variando entre 160 a 200 metros e está conectada ao rio Guabiroba através de um canal tortuoso de 220 metros de extensão.

Na face norte da lagoa ocorrem fluxos de água subterrânea cristalina, deixando no fundo sedimentos arenosos. Forma um aquário natural para refúgio e reprodução dos peixes da lagoa ou aqueles vindos do rio Guabiroba.

Na face sul da lagoa, devido o desnível de 1,5 metros entre o rio e a lagoa, e durante as cheias do rio, ocorre um fluxo invertido de lama para dentro do canal até a lagoa. Então este sedimento argiloso vai decantando e assoreando a lagoa.

Furna: designação de antro ou cova de grande tamanho, normalmente de origem natural, localizada no interior de uma rocha ou dentro da terra; cova, fossa ou gruta.

Local: Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa / PR

Um Louva-Deus no Paraíso – Parati Mirim

Após algumas trilhas e caminhadas mais longas na região de Parati Mirim, passamos o último dia em trilhas leves e de curta duração.

Pela manhã já tínhamos percorrido três trilhas: caminhada até uma praia e mangue no Saco do Fundão e uma cachoeira no rio Paraty-Mirim. Em seguida partimos para a praia do Furado. Foram 30 minutos de caminhada em estrada de terra e trilha.

Um paraíso de praia de água transparente, sem onda, praticamente uma lagoa esverdeada, numa extensão de 40 metros de areia. Uma verdadeira piscina natural para se passar horas a beira mar. A praia fica bem em frente a ilha da Cutia. 

Explorando os arredores, no canto direito da praia, entre as pedras, encontramos um louva-deus. Parece um inseto tranquilo, mas não se engane, o louva-deus é um inseto predador nato que evoluiu para ser o melhor caçador.

Carnívoro e inteligente. O louva-deus tem uma dieta a base de insetos, anfíbios e até pequenos répteis. Acredite se quiser, o louva-deus aprendeu a pescar pequenos peixes, como o barrigudinho, e caçar pequenos pássaros como o beija-flor.

E ter um nome como esse não é para qualquer um: por conta de suas patas dianteiras, quando aproximadas, dão a impressão de que ele está rezando.

Floresta de Coníferas – Caminhar é Preciso

Na juventude da alvorada me levanto descansado. A barriga reclama por um reforçado café matutino. Com a mente desperta procuro a janela para ver a serra. Graças a cerração matinal só consigo ver as colinas na vizinhança.

No verde altivo da estrada vejo o céu azul e a encosta coberta por pinheiros. Sigo no aclive ligeiro. Estaciono. Procuro pelo sol que sacode a neblina. Vejo a floresta de pinheiros. Olho para o alto, me surpreendo com as coníferas à frente.

Agacho para conferir o solo pobre e seco. Procuro pelas pinhas ovaladas. Percebo uma floresta antiga de pinheiros escamosos. Ainda na sombra do frio matinal me aconchego para dentro da floresta. Solitário, no silêncio olho para o céu azul. 

Chamamos as pinhas de cones em atenção ao nome coníferas. Não há flores e nem frutos. Neste dia não houve sonido entre as árvores. O vento ficou preso nas colinas ao longe. Se eu pudesse subiria no topo de um pinheiro para ver o horizonte.  

Logo alcanço o topo da colina e busco apurar a vista. Entre os galhos e troncos vejo minha terra nativa. O dia azul destaca a urbe vertical. Soberana nos arranha-céus. O progresso não para. Observo a beleza da curvatura do Arco da Inovação.

Mas aqui dentro da floresta, ser pinheiro longevo é ser forte. Se o minuano chega farto, o pinheiro verga, mas não lasca. Da visão do interior, dá alegria ao caminho as coníferas de semente nua e do emaranhado dos troncos desgarrados.

Impacto Imediato – Meio Ambiente

Impacto imediato é ver uma foto de um paraíso natural como este, não é mesmo? Nos conforta e traz boas memórias, como aquelas férias na praia!

Outro impacto imediato é o desconforto ao constatar que na mesma praia encontramos lixo. De fato, o ser humano joga coisas, muito delas reutilizáveis, que a natureza não pode digerir.

Encontramos todo tipo de lixo, alguns como uma parte de um brinquedo, garrafas de plástico e vidro, isqueiro, tampa de um ventilador, barbeador descartável, sola de um calçado e isopor.   

A mãe natureza é muito benevolente com a humanidade. O planeta já manifesta duras mudanças ambientais. Em um local contaminado é impossível habitar qualquer ser vivo saudável.

Esta poluição que chega nas praias é uma pequena parte. Todo ano, milhões de toneladas de plástico chegam aos Oceanos da Terra, mantando milhões de aves e animais marinhos.

A sociedade civil, governos, empresas, comunidade científica-acadêmica são pessoas. A maior ameaça ao nosso planeta somos nós mesmos, mas cada um de nós pode ajudar na redução da poluição ambiental.   

Os mutirões nas praias com engajamento da população local e turistas ajuda, mas o certo mesmo são políticas e ações públicas para combater as poluições das atividades humanas.

É urgente intensificar a educação ambiental nas escolas. Importante conscientizar e esclarecer sobre a preservação para o consumo e uso sustentável dos recursos e gravidade da poluição nos mares.  

Temos soluções e tecnologias. O maior desafio é a mudança de atitude, vontade econômica e política; E união da sociedade civil, governos e organizações privadas para salvar nosso Planeta Água.