Morro Calvo – Parque Estadual de Ilhabela

“ Os tupinambás vendo aquela porção de terra elevada, com uma das faces desprovida de mata, deram o nome de baepi, do tupi-guarani, morro calvo. ”

Ir para as montanhas de Ilhabela é sempre um desafio, sendo a ilha mais montanhosa da costa brasileira com extensão de 337 km2. Soma-se a isto um clima úmido com temperaturas e chuvas elevadas em boa parte do ano, em meio a uma mata atlântica preservada pelo Parque Estadual de Ilhabela.

Suas montanhas somam sete pontos culminantes com altitudes que variam de 1.048 a 1.375 metros, respectivamente Pico do Baepi e Pico de São Sebastião.

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A surpresa do Pico do Baepi é sua localização privilegiada. O pico pode ser avistado facilmente do lado do continente, durante a travessia da balsa e dentro da ilha. A identificação está no paredão rochoso com mais de 150 metros, a única entre as montanhas do lado do canal.

A trilha está a sudoeste do pico e bem sinalizada pelo parque. O percurso é todo de subida na ida e descida na volta, numa extensão de 7,5 km a partir da cota 200 m até o cume a 1.048 m de altitude, em 5 horas de caminhada.

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” O caminho numa encosta de sapezal até chegar num platô onde existe um mirante voltado para o canal de São Sebastião. Aqui já valeu o esforço inicial. Seguimos na trilha sentido leste, por meio quilometro, descendo e subindo uma suave depressão em direção a mata. “

Dentro da mata a subida começa a ficar mais inclinada. Após passar um pequeno bambuzal a subida ficará mais íngreme com pontos de parada para descanso. O aclive vai aumentando e consequentemente a dificuldade também. Outros bambuzais, agora mais extenso e difícil de serem ultrapassados. As placas indicativas sinalizam a proximidade do pico.

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No cume, avista-se o canal de São Sebastião repleto de pequenas embarcações e imensos petroleiros e cargueiros. Aos pés do pico, o centro urbano da ilha com vista para um litoral de águas abrigadas por pequenas enseadas. Do outro lado do canal, a cidade de São Sebastião e ao fundo a Serra do Mar.

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” Nas direções leste, avistamos somente montanhas tomadas por uma densa mata atlântica, sem nenhuma visão do lado oceânico da ilha e suas praias selvagens. “

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“Finalmente, ao sul avistei o ponto mais alto da ilha, o Pico de São Sebastião, mas vamos deixar essa aventura para um próximo post.”

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Parque Estadual da Ilha Anchieta – Ubatuba

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Um roteiro junto a natureza com direito a boas estórias de quando a ilha foi habitada pelos índios Tupinambás no século XVI, dos acontecimentos trágicos na rebelião dos presos em 1952, até a criação do parque estadual no final da década de 70.

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Era conhecida como ilha dos Porcos devido a colônia penal que ali existiu até 1914, e depois reativada para abrigar presos políticos e presos comuns em 1928.

Como parte das homenagens ao 4º centenário do nascimento do Padre Anchieta, passou a ser denominada Ilha Anchieta em 1934.

Em meados de 1952 uma grande rebelião resultou em centenas de mortes de presos, alguns militares e civis. O presidiu foi fechado em 1955.

Em 1977 foi criado o Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA) e reaberto a visitação.

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A partir do desembarque na ilha, o primeiro passo é visitar a administração do parque e ruínas do presidio.

Os principais atrativos são praias de águas claras e transparentes, como a praia do Presidio, do Engenho, do Sul, das Palmas e do Leste, esta inclusive é a única cujo acesso é de barco.

Os acessos são pelas trilhas da Represa, do Engenho, Praia do Sul e Saco Grande. Algumas passam pelo mirante do Boqueirão, Passado & Presente e Costão das Palmas. As trilhas variam de baixa a média dificuldade com distâncias entre 750 a 2.600 m.

Tudo isso em meio as florestas secundárias, com vista dos costões rochosos e pode-se também chegar numa piscina natural. Devido a rica fauna e flora marinha, existem diversos pontos para mergulho e uma trilha subaquática com distância de 350 m.

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Em 1983 o Zoológico de São Paulo introduziu animais como capivaras, saguis, quatis, cutias, entre outros. Hoje existem populações a mais desses animais à custa da falta de predadores naturais. É comum observá-los nas trilhas, além de pássaros e cobras.

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O principal acesso é pela rodovia Rio Santos, próximo ao km 62, através da Marina e Píer Saco da Ribeira. De lá as embarcações navegam 8 km, em cerca de 40 minutos, até a ilha.

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Local: Ubatuba / SP