Além do Horizonte – Farol da Juatinga

Numa tarde nublada de mar virado, chegamos na comunidade e farol Ponta da Juatinga. Montamos acampamento. Preparamos café da tarde, e depois o rancho, antes da chuva noturna.

Passamos uma noite sem ventania. Amanheceu ensolarado e praticamente sem nuvens.

Examinamos a costa escarpada na tentativa de observar algum trecho da travessia sentido Cairuçu – Laranjeiras. De volta ao farol, constatamos um oceano imenso, com o sol nascendo bem ali no horizonte.

Com acampamento desmontado, descemos na comunidade para esperar o resgate, o Rei Davi. Tivemos tempo para prosear com os meninos no cais e pescadores que estavam preparando a rede de pesca.

Uma bela manhã de domingo. Diferente do dia anterior, o mar estava novamente uma calmaria, parecia uma grande lagoa durante o trajeto até Parati Mirim.

P.S.: ver post 1 e post 2.

Ponta da Juatinga

“No verão caminhamos no litoral, escolhemos a dedo dias sem tempestades, apesar que não tem como escapar do calorão e alta umidade. Desta vez na Ponta da Juatinga.”

No penúltimo dia, ao alvorecer, café da manhã reforçado para um longo dia de caminhada. Partimos em direção à praia da Sumaca, subindo a trilha para Martim de Sá. Uma trilha em mata atlântica.

Bem no alto da serra desviamos na trilha a esquerda. Além da beleza da mata primária com enormes árvores e alguns regatos, avistamos animais silvestres como um bando de Quatis.

Cuidado! Na praia da Sumaca tem correnteza nos cantos da praia e grandes ondas. Na areia encontramos uma Caravela. Apesar da aparência bela, é um animal marinho perigoso, que provoca queimaduras se tocar em seus tentáculos.

Ainda na praia, após as grandes pedras, encontramos uma fonte de água doce. Não é uma ducha fácil de entrar, devido ao pouco espaço. No caminho d’água forma duas pequenas banheiras naturais, e depois flui agilmente até o mar.

Depois seguimos na trilha até a Ponta da Juatinga, com algum panorama das encostas. 

Na vila caiçara Ponta da Juatinga, ficamos observando as crianças brincando no mar, até a chegada da Vitória, uma jovem barqueira nata, para nos levar de volta ao Pouso da Cajaíba.

No dia seguinte, uma grande nebulosidade revestiu o céu desde a Ilha Grande até a enseada. Do barco nos despedimos daquele pequeno paraíso.

Em mar plano e calmo alcançamos Parati Mirim, e demos início ao retorno para casa.

Reserva Ecológica da Juatinga – Travessia Oratório-Juatinga-Cajaíba-Mamanguá

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A Reserva Ecológica Estadual da Juatinga foi criada em 1992 e também é parte integrante da Área de Proteção Ambiental do Cairuçu.   

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A Ponta da Juatinga tem elevada importância na proteção dos atrativos naturais de grande beleza cênica composta por uma fauna e flora ameaçada de extinção, o farol e atrativos culturais de populações representantes da cultura caiçara tradicional.

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Por terra, ou pelo mar, chegamos a praia do Sono. Na década de 60, centenas de famílias caiçaras viviam da pesca artesanal e da agricultura. Atualmente algumas dezenas de famílias vivem dos campings, turismo de verão e feriados prolongados.

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A travessia percorre as praias dos Antigos, Antiguinhos e Galhetas, locais de acampamento proibido. Na praia da Ponta Negra a história diz que numa canoa de voga quatro homens aportaram por lá e fundaram o vilarejo.

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O desafio é seguir adiante na trilha mais íngreme e longa da travessia. Local ímpar de trilha na Mata Atlântica até a bela Cairuçu das Pedras. O caminho ainda reserva a beleza do Saco das Enchovas até a praia Martim de Sá.

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A travessia tem seus desafios recompensados pela natureza exuberante, pessoas simples e que amam a natureza como a Branca na Ponta Negra, o Sr. Apricho no Cairuçu e o Sr. Maneco na Martim de Sá.

Esta travessia percorreu a Ponta da Juatinga, Enseada da Cajaíba, Saco do Mamanguá até Parati Mirim.

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Local: Parati Mirim / RJ