Trilhas do Vale do Bocaina

No final de setembro, partimos rumo ao Parque Nacional da Serra do Cipó. As trilhas, embora longas, apresentam poucos desníveis, tornando a caminhada leve. Nesta época, o nível dos rios e ribeirões está baixo, permitindo acesso seguro a diversas cachoeiras – um dos grandes atrativos da região – que, durante a temporada de chuvas e trombas d’água, se tornam de difícil alcance, inclusive ao atravessar os cursos d’água.

Entramos pela portaria do Retiro e seguimos pela trilha principal até o primeiro desvio à direita, atravessando o rio Bocaina para adentrar um pequeno cânion. Seguimos pela margem oposta – o lado direito do rio que forma a cachoeira – e, a partir daí, o caminho acompanha o leito rochoso até a Cachoeira das Andorinhas, que despenca em duas quedas sobre um poço profundo e de águas tranquilas.

Retornando à trilha principal, caminhamos ao lado do rio Bocaina e, em poucos minutos, observamos a esquerda um alto paredão rochoso com uma vertente inclinada e profunda, anunciando uma nova queda d’água. Tímida nesta época, ela forma um belo poço de água translúcida, de temperatura agradável e fundo arenoso, facilitando o acesso à Cachoeira do Gavião. Ambas as vertentes desaguam no rio Bocaina.

Continuando pela trilha principal, pela margem esquerda, atravessamos um pequeno curso d’água e, em seguida alcançamos a margem direita, percorrendo cerca de quatro quilômetros até a Cachoeira do Tombador. Apesar do volume reduzido de água, formava um poço largo com uma pequena prainha de água doce, que facilitava o acesso à parte mais profunda e ao segundo poço, logo acima, entre as pedras.

No retorno, fizemos uma última parada no rio Bocaina, no ponto conhecido como Bambuzal. Com o leito baixo e sem correnteza, era possível caminhar rio acima por dezenas de metros até alcançar as partes mais profundas, observando pequenos cardumes de peixes através da água amarelada clara.

Entre caminhadas e banhos nos poços do rio e das cachoeiras, concluímos um dia intenso de 27 km percorridos a pé em 9 horas.

Trilha da Pirapitinga – Parque Estadual da Serra do Mar

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A Trilha da Pirapitinga está localizada dentro do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar – PESM.

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São inúmeros atrativos naturais entre corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais nos rios Paraibuna e Ipiranga. A trilha tem uma variação de altitude entre 800 a 840 m e distância de 5,6 km.

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Os atrativos naturais são Cachoeira do Saltinho, Cachoeira do Salto Grande, Ponde de Pedra, Barra do Rio Ipiranga, Corredeira da Casa de Pedra, Poço do Peixe Grande, Cachoeira das Andorinhas e Mirante do Vale do Rio Paraibuna.

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Na cachoeira do Salto Grande é possível observar bem de perto as Pirapitingas, uma espécie endêmica de peixe, e nos dias quentes se refrescar com um banho nas águas geladas do rio Paraibuna.

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O Parque Estadual da Serra do Mar preserva ambientes de florestas ombrófila e atlântica de planalto tendo diversas espécies de árvores como o Manacá-da-serra, Cedros, Palmeiras, Canelas, Araçás e Palmitos.

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A região também abriga muitas espécies animais como Jacu, Quati, Queixada, Macaco-prego, Tucano, Araponga e muitos outros animais nativos da Mata Atlântica.

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Esta trilha é de nível de dificuldade média. No caminho de terra deve-se superar pedras e troncos em trechos de mata primária e secundária, com aclives e declives, às margens dos rios Paraibuna e Ipiranga.

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Local: São Luís do Paraitinga / SP.