Meias-Maratonas de Montanha – Mogi das Cruzes e Santa Branca

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As corridas de montanha sempre reservam boas surpresas! Seja para reencontrar amigos de corrida de rua nas provas de montanha ou conhecer novos corredores de montanha.

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Outras surpresas são as corridas de montanha que vamos estrear. Desta vez foram duas meias-maratonas de montanha, mais precisamente corridas cross-country em estradinhas de terra com morros e mais morros.

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A primeira foi uma prova noturna, O Rei da Montanha, realizada na região do Alto Tietê, Distrito de Sabaúna, em Mogi das Cruzes/SP. A segunda foi realizada numa floresta de eucaliptos, Corrida dos Eucaliptos, em fazendas no município de Santa Branca/SP.

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A corrida O Rei da Montanha foi em um sábado às 19h30min, enquanto que a Corrida dos Eucaliptos foi no primeiro dia do horário de verão num domingo às 9h15min da manhã que por sinal estava um calor infernal.

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Houve variação nas distâncias percorridas, tanto a mais na corrida O Rei da Montanha quanto a menos na Corrida dos Eucaliptos. Sinceramente fiquei com a sensação de ter corrido muito mais em ambas. Certamente devido a escuridão na prova noturna e o calor escaldante durante a prova diurna.

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Em ambas as provas o percurso estava bem sinalizado. Quanto ao terreno, apesar de não ter trilhas, nas estradinhas encontramos pedras, buracos, areia, galhos de árvores, terra fofa, curvas, aclives e declives. Então toda atenção, do início ao fim, foi essencial para evitar quedas.

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Durante a Corrida dos Eucaliptos, para minimizar a perda de fluidos e aumento da temperatura corporal, bebi mais água e isotônico para repor líquidos e sais minerais. Durante o percurso busquei trechos protegido pela sombra das árvores e reduzi o ritmo.

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As duas meias-maratonas de montanha foram numa mesma semana. Os resultados foram bons considerando os desafios superados em cada prova. Medidas como atenção redobrada no ambiente e auto-observação garantiram, em cada prova, uma chegada segura.

Fotos: Alexandre Janotti e Wladimir Togumi

Meia-Maratona Noturna 24K – Extrema

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A Meia-Maratona de Extrema é parte do Campeonato Mineiro de Corridas de Montanha. Grande expectativa para mais uma prova noturna, estreando na distância de 24 km.

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Esta prova é bastante técnica. O maior desafio é correr na escuridão da noite com uma lanterna de cabeça diante das barreiras naturais da Serra do Lopo e Serra do Forja.

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Na mochila de ataque uma reserva para hidratação, nutrição, lanterna de cabeça backup e itens de segurança como anorak, cobertor de emergência, apito etc.

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Nos minutos finais antes da largada momento de concentração e oração. Então às 18 horas os atletas largaram com as lanternas de cabeça ligadas e tendo como companheira uma grande Lua Crescente.

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O percurso passou por estradas de terra, pastos e trilhas na mata chegando até a divisa de Joanópolis. Com uma elevação de 1.500 m de altitude os aclives e declives foram constantes. Paredões rochosos quase passaram despercebidos na escuridão do Pico dos Cabritos.

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Na Serra do Forja o desafio foi superar o “pasto da morte”, apelidado por antigos corredores, que é uma trilha de gado em um pasto de subida íngreme. Neste trecho troquei a corrida por uma boa caminhada até o topo da serra.

Fotos: Corridas de Montanha – Luiz Perez Jr – Ivan Marondes

Corrida Volta do Baú 30K – São Bento do Sapucaí

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Os “trail runners” largaram cedo, da praça da matriz de São Bento do Sapucaí, para uma jornada desafiadora. A prova Volta do Baú é mais uma daquelas corridas de montanha para se divertir e testar os limites de quem gosta de correr em meio à natureza.

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Uma prova de 30 km com lindas paisagens da Serra da Mantiqueira tendo como cenário principal o complexo rochoso do Baú. Um percurso para se conhecer as montanhas locais por estradinhas de terra e trilhas técnicas com aclives e declives generosos.

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Amanheceu com neblina e logo após a largada despontou um belo dia ensolarado. Após atravessar o Bairro do Quilombo seguimos pela serra do lado esquerdo do vale, em uma longa subida. Caminhar foi inevitável e paradas para fotografar foram constantes.

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Na descida para o fundo do vale se tem uma bela vista da Pedra do Baú. Logo atravessamos para o outro lado da serra. Neste ponto estava à metade do caminho e o início da segunda subida mais difícil da prova.

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Na segunda serra, tentava dar passadas longas e corridas curtas para superar a subida aos pés do Baú. Deste ponto surgiram trilhas mais técnicas e com todo cuidado os obstáculos foram vencidos.

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O percurso foi acima dos 1.700 metros de altitude quando corremos na trilha que vai até a Pedra Ana Chata. No meio da trilha descemos por dentro de uma mata por traz da Ana Chata e seguimos pela crista até cruzar um pasto e adentrar uma nova mata.

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Numa descendente o percurso alternava um sobe e desce, como também, trilhas na mata e pastos até chegar ao Mirante do Cruzeiro. Finalmente de volta a praça da matriz.

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Uma corrida de montanha excepcional que aliada a uma boa estratégia de prova, treino dedicado e muita perseverança resulta numa chegada alegre e sem grande exaustão.

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Fotos: Kleber Luz e Wladimir Togumi – adventuremag

Corrida Endurance 50K – Paraty

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“Declaro, no perfeito uso de minhas faculdades mentais…. Assumindo todos os riscos envolvidos na participação e suas consequências…. Conheço meu estado de saúde físico e mental…”

E assim começa o termo de responsabilidade de uma prova de “endurance”. A primeira vez que li achei um exagero, mas tenho convicção que é muito mais que assinar um papel. É preciso plena consciência do seu estado físico-mental e dedicação aos treinos para estar apto ao desafio.

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Ser autossuficiente é fundamental neste tipo de prova. Além dos suprimentos disponibilizados pela organização, é prudente levar uma reserva para hidratação e reposição de nutrientes. Sem contar que nesta prova cada atleta levou um kit de segurança obrigatório.

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Na arena da largada era transparente a ansiedade de alguns atletas. Então, os atletas tomaram as ruas de pedra “pé-de-moleque” do centro histórico de Paraty contornando a Igreja Matriz em direção ao desafio dos 50 km.

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Deixando os casarões antigos para trás a corrida seguiu em direção a BR-101 sentido Ubatuba. Percorrido quilômetros no asfalto até sair por uma estrada de terra em direção ao interior da Serra do Mar.

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Caminhos de terra, trilhas em meio à mata, regatos e rios atravessaram. Morros intermináveis e descidas insaciáveis corroíam a resistência dos menos preparados. Atletas ficarem pelo caminho. Muitos resistiram ao calor e alta umidade do ar. Parecia insanidade, mas era obstinação, coragem e resiliência.

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Corrida que passou pela história antiga de um Brasil de rodas d’água que movimentaram engenhos de cana-de-açúcar e de belezas naturais como a APA do Cairuçú. Caminhos de natureza exuberante em meio a simplicidade de moradores humildes, de sorriso reservado, alguns mais acanhados outros mais prestimosos.

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Enfim, declaro perfeito uso de minhas faculdades mentais. Agradeço a companhia dos amigos de corrida. Celebro com o coração feliz e algumas dores musculares mais este desafio superado.

Fotos: Adventuremag – Wladimir Togumi.

Corrida Igaratá 23K

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A própria organização descreve a prova Igaratá 23K como uma corrida não tão perto de São Paulo e nem tão longe, com uma distância não tão longa e nem tão curta, num percurso não tão fácil e nem tão difícil.

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Então se é assim fomos conferir in loco. Realmente uma prova para amantes da corrida em percurso misto, com asfalto, estradas de terra, muito morro e trechos margeando as águas da represa Jaguari.

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A largada da praça central de Igaratá desceu por uma estrada sinuosa até encontrar o início da subida em direção ao Morro Azul. O asfalto deu lugar a uma estradinha de terra com longos trechos íngremes num desnível de 400 metros em 3.5 km de extensão.

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A partir do topo, os próximos 6 km alternaram trechos planos e descidas constantes numa paisagem de campos verdes e bosques de eucaliptos. A estrada continuou descendo até margear a represa.

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A 7 km do final apareceu uma nova subida aparentemente menor que aquela do Morro Azul. Hora de manter o ritmo e tentar concentrar na prova e não nos incômodos que começaram a surgir.

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Um deles foi o calor. Com isso o jeito foi pegar mais de um copinho d’água nos postos de hidratação. Chegando de volta ao ponto onde a estrada encontra o acesso ao Morro Azul, começou o retorno a praça da cidade.

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Apesar de faltar pouco mais que 3 km, o final reservara uma última subida que parecia não ter fim. Nessa hora, a euforia dos visitantes e moradores locais presenteou cada corredor na superação da rampa final até o portal de chegada.

Corrida Treino – Dia de Longão

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Longão ou treino longo. Às vezes queremos fugir dele, mas se estiver inscrito numa prova de longa distância é fundamental tê-los em sua planilha de treino. Então faltando três semanas para a prova de Endurance 50K em Paraty, chegou o dia do último longão após quatro meses de treino.

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Era domingo, madrugada nublada, temperatura amena e garoa iminente. Com lanterna de cabeça e mochila com água, isotônico e gel energético, saímos do Centro Comunitário Alto da Ponte em direção a estrada do Sertãozinho.

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Depois seguimos pela estrada de terra conhecida como Walkilandia até a SP-050 que liga São José dos Campos a Monteiro Lobato. Após o Km 108 saímos por uma estrada atrás do Clube de Campo Cisne Real. Um percurso que alterna subidas, descidas e trechos planos.

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Com um ritmo suave, breves momentos para alimentação e hidratação, assim terminamos o treino com alguma energia reserva. Isso reduziu um pouco a intensidade, mas não alterou o resultado final de um longão de 38 km em quatro horas de treino.

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Longão é estratégia. Precisa acostumar o corpo a uma exigência física adicional para aumentar a resistência e desenvolver a mente para aguentar correr por mais tempo.

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Fotos: Website Corridas de Montanha

Corrida de São Silvestre – São Paulo

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Deixando de lado as corridas de montanha, vamos a mais famosa e tradicional corrida de rua do Brasil, a Corrida Internacional de São Silvestre.

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Com o calor do verão embalado pelos gritos do público prestigiando o evento, a distância de 15 km e a difícil subida da Av. Brigadeiro Luís Antônio enaltece a todos os atletas que cruzam a linha de chegada na Av. Paulista.

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A 1ª edição aconteceu à meia-noite do dia 31 de dezembro de 1925. Naquela ocasião, foram 60 atletas inscritos. Destes 48 compareceram e apenas 37 foram oficialmente classificados. A partir de 1989 o horário da largada mudou para as 5h da tarde e desde o ano passado foi transferida para as 9h da manhã.

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Nesta 89ª edição a corrida atinge o recorde de 27.500 inscritos. São esperados atletas de inúmeros lugares do Brasil, representantes de países da América do Sul e outros continentes.

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Um percurso desafiador que percorre lugares interessantes da cidade de São Paulo como o Masp, Estádio do Pacaembu, Memorial da América Latina, Monumento a Duque de Caxias, Praça da República, Viaduto do Chá e Teatro Municipal.

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Pelo amor ao pedestrianismo, o jornalista Cásper Líbero conseguiu realizar a prova mesmo durante a Revolução Constitucionalista de 1932 e também durante a 2ª Guerra Mundial.

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Muita alegria, emoção e festa na corrida do santo do último dia do ano. É quase um Réveillon antecipado na Av. Paulista entre corredores profissionais, amadores e pseudo atletas.

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Pense em algum super-herói ou personagem pitoresco…. É muito provável encontrá-los na corrida. Ou ainda, se quiser fazer tempo, mas não for um atleta de elite, vai ter que aguardar horas no pelotão dos espremidos.

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Boas Festas!

Corrida Desafio em Montanha 21K – Campos de Jordão

Numa manhã gelada de maio subimos a Serra da Mantiqueira em direção a Campos do Jordão para mais um desafio em montanha.

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Isso mesmo, parecia mais um desafio do que propriamente uma corrida de montanha. Pura superação de nossos limites numa prova bastante técnica na distância de meia maratona.

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Dentre outros desafios em corridas de montanha em Campos do Jordão, como o Pico do Itapeva e Pico do Imbiri, desta vez seria o Pico do Diamante.

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O Pico do Diamante abriga apenas antenas e equipamentos de transmissão de uma emissora de televisão e proporciona uma vista espetacular do Vale do Paraíba numa altitude a 1.870 metros.

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O evento contou com aproximadamente 260 competidores de diversas partes do país e até mesmo de países como Alemanha e Espanha.

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A responsabilidade foi grande para cumprir o percurso com segurança considerando os desníveis em terreno acidentado em campo aberto, trilha na mata e estrada de terra.

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Fotos: Ricardo Morgado

Corrida Endurance 50K – Ilhabela

A própria organização denomina esta corrida de montanha como a mais casca grossa do circuito The North Face XTERRA Endurance. Não poderia ser diferente considerando que Ilhabela apresenta um imponente conjunto montanhoso.

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Este desafio ocorreu em junho, nas distâncias de 50 e 80 km. Pela segunda vez eu e um grupo de amigos descemos a serra para mais um XTERRA. Após dezenas de semanas de treinamento havia chegado o momento. Para um simples mortal do universo da corrida de montanha, a estratégia principal seria completar o percurso de 50K dentro do tempo limite.

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A velocidade foi trocada pela força, resistência e superação dos incontáveis obstáculos, como subidas, descidas, paralelepípedos, estrada, terra, trilhas na Mata Atlântica da Serra do Mar e areia das praias do Perequê e Castelhanos. Tudo isso envolto numa noite nublada com a lua cheia tentando aparecer no céu. Por sorte não tivemos chuvas como aquelas do ano passado. Uma corrida de alto nível técnico.

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Na distância dos 80 km, um amigo quase perdeu a largada pois foi antecipada para o período da manhã devido à probabilidade de chuvas, que não se confirmaram ao longo do dia. Aos demais restou a preparação e espera até as quatro horas da tarde. Para uma amiga havia ansiedade de ser estreante e para outros nada melhor que um bom cochilo antes da prova.

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Em menos de duas horas a corrida dentro da mata antecipou a escuridão. Neste tipo de prova existem outros obstáculos a serem superados. Além do físico, o mental precisa ser trabalhado para que os medos sejam controlados e que os pensamentos não sabotem a mente. E o que seria dos atletas sem uma lanterna de cabeça…

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Segundo a organização, no Endurance 50K largaram quase 200 atletas e 144 completaram o percurso dentro do tempo limite de 10 horas. Na distância de 80K largaram uns 80 atletas e apenas 33 completaram o percurso dentro do tempo limite de 14 horas. Realmente uma prova para poucos.

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Cruzar a linha de chegada foi a maior vitória! Agradeço e parabenizo meus amigos e a todos que conseguiram finalizar a prova. Cada um chegou ao seu limite, nas dores, até lágrimas, mas repleto de alegria pelo desafio superado. Celebração, abraços e ótimas lembranças. Seguramente fomos imbuídos de uma proteção especial durante todo aquele final de semana e a certeza de uma vivencia marcada para sempre em nossas memórias.

Fotos: Wladimir Togumi.

Corrida na Serra do Mar – São Sebastião

” É como uma muralha recortada em tons verde de uma densa mata tropical caindo abruptamente na praia ” (visão do mar)

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Como toda corrida de montanha as subidas parecem sem fim e nas descidas não adianta acelerar porque o tombo pode ser grande. Então seguimos em direção ao litoral de São Sebastião para este desafio na Serra do Mar.

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O domingo amanheceu ensolarado na praça do pôr-do-sol. Os corredores aguardavam a largada na praia de Boiçucanga onde tive a sensação de estar com os pés presos na areia fofa e inclinada da praia.

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Deixando para trás o barulho das ondas, seguimos um pequeno trecho de asfalto até a estrada do Cascalho encontrar o rio Boiçucanga. Em quase um quilometro de extensão, a estratégia era tentar correr no leito do rio e nas partes mais rasas.

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A empolgação era grande entre os corredores quando iniciamos a parte seca do percurso. Retornamos numa estradinha de terra e depois entramos nas trilhas. No início da trilha da praia Brava a subida era constante numa forte variação de altimetria.

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A Serra do Mar revelou o inesperado como o canto estridente de uma araponga, a floração do manacá da serra e no topo da trilha avistamos o mar e a praia. Neste ponto chegamos ao “down hill” em ondas, descida da trilha do Oleoduto da Petrobrás, uma descida íngreme com ondulações até o nível do mar.

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Faltando uns dois quilômetros retornamos ao trecho de areia num esforço final até o portal de chegada. Como prêmio merecido fui para um banho no mar!

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Fotos: Fabio Andrade, Wladimir Togumi e Kleber Luz.