” Haja o que houver, os Verdadeiros nunca te deixarão na mão. “
Abel Bonnard
Chega apavorando geral, não deixa a gente dormir mais um bocadinho. Com a nau pronta para partir, clamo pelo vento que não se vê e rogo pela vida. Rumo mar adentro, lanço a rede da justeza e retidão. A colheita é vida para o sustento de cada dia. Na volta clamo por proteção no mar revolto. Que essa luz do alto me ilumine. Bem cansado e feliz por mais um ‘dia de trabalho’.
Não canso de ti ver todos os dias. Vai embora devagarinho. Muitas vezes nem aparece. Tudo bem né, sei da sua grandeza e da humildade para deixar a lua chegar de mansinho, iluminando a vereda. Apesar da noite fria, me acolho em um porto seguro. Logo, a luz e calor me aquece outra vez, para ganhar força e arrastar a nau até o mar. Então chega radiante a “Luz do Dia”.