Como pedalar é preciso, uma paradinha para observar um cavalo bravo.
Eita bicho estranho, esse tal de cavalo selvagem. Parece bicho homem, sensível e bárbaro. Muitas vezes de emoções fronteiriças, da cólera indomável ao amor sagaz. Impetuoso, corre livre até ser arrebatado pelo cansaço. Aparentemente esgotado é sem dúvida um corredor nato. Corre rápido e mais rápido, para ganhar de si mesmo. Ainda aprendendo a controlar as forças que tem. No tempo da teimosia vem a sensatez a galope. Percebe que a liberdade é efêmera. Assim, atado àquela grande árvore do mundo. Parada obrigatória para refletir sobre as transgressões, nem de todo mal, são vezes contraditórias, algumas fortuitas e poucas irrefreáveis. Uma luta constante para cavalgar no orbe do bem. Ao trotar busca o comedimento entre a alegria e a tristeza. Ainda preso na grande árvore tenta confessar porque tem que levar aquele fardo. Para falar a verdade, sente como é bom aquela sombra, o alimento da relva e os frutos que despencam do alto da folhagem da grande árvore. Que estranho aquela energia em tudo ajuntado. Afinal, dos sonhos a galope, ecoa o magnetismo e fica fácil zurrar de si mesmo. Eita bicho estranho esse tal de…





















