Belvedere do Serrano

Após trilhas e passos, cansados e plenos,

Pelas pedras que guardam segredos terrenos,

Cruzamos a serra ao entardecer,

Entre Minas e São Paulo, a estrada a descer.

E eis que surge, em madeira erguido,

O Belvedere, um sonho esculpido,

Um deck altivo, em brisa envolto,

Que abraça a vista num olhar solto.

O vale se estende em tons de esplendor,

Serrano emoldura o quadro em cor,

E lá no fundo, sereno e pequenino,

São Bento repousa, quase divino.

As sombras vestem as montanhas em véu,

A Balança e a Divisa tocam o céu,

Enquanto, iluminado, imenso a brilhar,

O Baú, Bauzinho e Ana Chata se põem a dançar.

Belvedere, poesia esculpida em olhar,

Janela do mundo a nos encantar,

Onde a alma repousa, onde o tempo é brisa,

E a vista, infinita, jamais se desfaz.

2 respostas em “Belvedere do Serrano

Deixar mensagem para Zayvenfranqui Cancelar resposta