Paramos o carro próximo a um campo de futebol para iniciar a nossa jornada. O GPS marcava cota 15 metros e avistamos o nosso desafio que estava a 1.180 metros de altitude, o Pico do Corcovado em Ubatuba.
Após o campo de futebol seguimos a direita onde atravessamos um regato e na segunda bifurcação à esquerda entramos na mata. Atravessamos dois rios e continuamos na trilha a esquerda. Deste ponto adiante muito transpiração e diversão durante a subida íngreme.
Em uma hora de caminhada chegamos à cachoeirinha, local onde captamos água e ganhamos fôlego. Logo seguimos até o mirante na pedra da Igrejinha, espaço onde temos à primeira vista do litoral e da praia Brava, e também se avista o Corcovado.
De volta à trilha, o angulo da subida aumenta em um terreno repleto de raízes. Com a mochila cargueira nas costas a subida era a passos lentos até atingirmos uma clareira onde encontramos acesso a mais uma queda d’água.
Seguimos subindo e alcançamos mais uma clareira, mas desta vez na crista da serra. A cada passo ganhamos visões do interior da serra e do litoral norte. Neste lugar o caminho percorre uma vegetação com muitas bromélias.
No finalzinho, sobe-se um íngreme barranco usando a vegetação lateral como agarras. Então a crista se prolonga ao lado de um despenhadeiro. Do lado direito está a ponta do Corcovado e a esquerda encontramos o cume e um local protegido do vento para acampamento.
A natureza singular reservou um dia quente onde o sol poente trouxe uma grande sombra do pico aos pés da serra do mar. O calor se esvaiu. Para nossa surpresa a lua cheia acentuou o contorno da serra e ampliou as luzes vindas da cidade de Ubatuba.
Durante a madrugada fria o vento chegou forte e antes do amanhecer saltei para fora da barraca. Mais um esplêndido nascer do sol! Grato por mais um final de semana junto a uma natureza espetacular e aos amigos de fibra.
Ao retornar, deixamos o local onde acampamos igual como o encontramos. O lixo que produzimos no acampamento foi trazido conosco para descarte em local apropriado.
“Subi o ponto mais alto possível e olhei pro oriente. Raios de luz despontaram atrás das montanhas. O vento ainda doía à pele. Como numa pintura o quadro se encheu de luz vermelho alaranjado que inundou o amanhecer de mais um dia.”









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