Assim como nas estações do ano, na jornada terrena os ciclos se renovam infinitamente, do nível microscópico aos seres que habitam esse orbe.
Igual a flor do Ipê que desabrocha em vibrante tom amarelo e depois se precipita no ar, é como uma alegoria da contínua evolução na efemeridade e finitude da vida.
Mesmo que nas tormentas o tronco se incline, as raízes profundas do Ipê sustentam sua copa. Assim como nossos ancestrais, nos deram a base para crescer.
No alto da folhagem do Ipê, nem tudo que vemos é colorido, mas temos a exatidão do respeito em memória aos ancestrais e do cuidado a família e amigos.
Ainda assim, na sombra do Ipê é preciso meditar. Na labuta entre o áureo e o índigo, como é importante valorizar cada momento e ser grato a tudo e a todos.
Afinal, uma chuva de flores amarelas se espalha por toda terra, impermanente e plena na essência, e no exercício do aprender e ensinar para a eternidade das lembranças.


