Ao caminhar na montanha, a Lua surgiu apressadamente durante aquele entardecer. Parecia tão perto como uma mãe protetora, mas não se engane, em outras noites frias ela ficou indiferente e apática, quase não apareceu.
O vento gélido trouxe recolhimento.
Entre a Lua e a Terra as distâncias são verdadeiramente astronômicas e decerto descuidamos de quão distante ficamos de nós mesmos.
Ao amanhecer na montanha, a luz brilhou radiante. Era um novo despertar que aquentou os campistas. A Lua, esplendida no céu, permaneceu ali, até que a claridade tomou conta do dia e ela se foi.
O alvorecer trouxe desprendimento.
Como sempre não vi o lado escuro da Lua e naturalmente dentro de nós habita um lado obscuro, um manto que devemos descortinar.


